Medida visa trazer mais segurança para crianças dentro dos estabelecimentos em Ipatinga

 

Intoxicação por produto químico é a 7º maior causa de acidentes com crianças de um a 14 anos no Brasil. Apenas em 2016, 209 crianças foram vítimas de intoxicação no país. Esse problema resulta no percentual de 3% das internações dos pequenos. O dado é do Ministério da Saúde que relaciona os acidentes ocorridos por meio do programa DATASUS.

“A prevenção deste tipo de acidente é ligada a informação e zelo por parte de pais, educadores e de todos aqueles que prezam pela segurança das crianças. Por isso mesmo, propus no município o projeto de Lei 48/2018, que determina que os produtos não sejam expostos na parte baixa das prateleiras em supermercados e congêneres”, disse o vereador Ademir Cláudio.   A proposta foi aprovada por unanimidade durante reunião extraordinária realizada no ultimo dia 12, na Câmara de Ipatinga.

A proposição trata da obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais, como supermercados e mercearias, colocarem os produtos tóxicos à venda longe do alcance das crianças. “Observamos que os produtos que trazem em seus rótulos a descrição de ser mantidos ‘fora do alcance de crianças’, ficam ao alcance dos pequenos nas partes baixas das prateleiras dos supermercados”, pontuou o autor do projeto, Ademir Claúdio.

O parlamentar também é membro da Comissão Municipal de Saúde e explica que “em casos graves de intoxicação, especialmente entre crianças, poderiam ser evitados se quem os expõe adotassem uma postura mais protetiva”, comentou Ademir.

Dimensão do Problema

Informações do último Diagnóstico da Criança e do Adolescente realizado no município e divulgado há um ano mostram que a situação não é tão diferente do que ocorre nos grandes centros do país. O levantamento dá conta de que um grande número de pessoas sofreram acidentes no município: 12% de todos 4.267 entrevistados responderam que já sofreram acidente de trânsito, doméstico com eletricidade, com fogo, queda/tombo e com substâncias químicas, acidente com animais e afogamento. Destes, a maioria (61%) alegou ter sofrido queda/tombo, 23% sofreram acidente de trânsito e um menor número (8%) sofreu acidente doméstico com fogo, enquanto 11% dos entrevistados que já tiveram algum acidente relataram ter ficado com sequelas.