Com plenário lotado, Câmara debate políticas públicas
Publicada em 30/05/2014 14:30
A Câmara Municipal de Ipatinga promoveu nesta quinta-feira (29/05) audiência pública para discutir políticas públicas voltadas para o município de Ipatinga. A audiência deu destaque principalmente a políticas públicas que têm por foco diminuir o déficit em habitação, atualmente um dos maiores desafios enfrentados por governos municipais, estaduais e federal.
Foram convidados representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, de associações civis e religiosas do município.
Um grande público compareceu ao encontro, formado principalmente por pessoas que já conseguiram ou buscam conseguir uma casa própria por meio de programas sociais, a exemplo do “Minha Casa, Minha Vida”, conduzido pelo governo federal.
Segundo o autor da audiência, vereador Saulo Manoel (PT), a idéia do debate foi motivada em razão do Dia Nacional de Luta por Políticas Públicas, comemorado no dia 31 de maio.
“Quando iniciei nos movimentos sociais, no final dos anos 70, não havia política pública nenhuma voltada para a população. Foram épocas e anos muito difíceis. No final dos anos 80, iniciamos diversos movimentos, como o de moradia. Programas como o “Minha Casa, Minha Vida” foram conseqüências dessas nossas mobilizações, que já beneficiaram milhares de famílias. Por isso essa audiência é um momento especial”, disse Saulo.
Para o secretário de Assistência Social, Vasconcelos Lagares, “esse dia é muito importante para se celebrar”.
“É com a participação de cada um é conquistamos políticas públicas importantes. Nossa prefeita [Cecília Ferramenta] está fazendo nesta semana mais uma etapa da participação popular, que é lançar um pacote de obras na regional 5 e 6, que são frutos dessa participação popular. Umas das marcas que a nossa prefeita quer deixar é exatamente a participação popular.”
De acordo com Carlos Medeiros, diretor do Departamento de Habitação da Prefeitura Ipatinga é um exemplo de participação popular graças à administração do então prefeito Chico Ferramenta.
“A Cecília retomou a participação popular no ano passado, com o orçamento participativo e os conselhos [saúde, habitação]. Estamos fazendo reuniões mensalmente e resgatando a política habitacional de Ipatinga.”
Leda Alves Prudente de Morais, coordenadora regional da Central de Movimento Popular (CMP), afirmou que uma das funções da entidade é cobrar dos governantes a execução de projetos sociais.
“A política pública é importante desde que a gente participe, para saber o direito que temos. Pessoas necessitam de moradia, mas, quando essa pessoa não sabe o direito que tem, não sabe o caminho a tomar. Por isso, a central procura sempre informar a população de seus direitos”.
Coordenador da União da Moradia Popular, Welton Pimentel (Leleco) reforçou: “Em nossas mãos, está a força da transformação. Muito das mudanças da política do Brasil passa primeiro por Ipatinga, que sempre está experimentando novas políticas publicas”.
Abraão Nunes, da Direção Nacional da CMP, reiterou a força dos trabalhadores na construção do país
“É a classe trabalhadora que constrói o país. Nosso papel como dirigente é estar junto nessa luta e brigar por nossos direitos”
Ao finalizar a audiência, o vereador Saulo Manoel apresentou o novo projeto do governo federal, o Minha Casa, Minha Vida 3.
“Esperamos que, com essa nova versão do ‘Minha Casa, Minha Vida’, o teto de R$ 1,6 mil de renda familiar seja ampliado, para que novas famílias, que muitas vezes ganham um pouco mais que isso, sejam contempladas”