Comissão Especial recebe representantes do governo para esclarecer dúvidas sobre transporte público
Publicada em 30/05/2014 16:13
A meses do fim da concessão no município, prevista para se encerrar em novembro, a Comissão Especial formada para acompanhar o transporte público na cidade recebeu representantes do governo municipal para pedir esclarecimentos acerca do andamento dos estudos sobre o setor.
Os vereadores integrantes da comissão também pediram explicações a respeito da autorização concedida pela Comissão Municipal de Transporte a favor do aumento da passagem de ônibus, que subiria de R$ 2,75 para R$ 3, uma diferença de 9%.
Segundo o presidente da Comissão Especial, vereador Agnaldo Bicalho (PT), o objetivo dos parlamentares é buscar uma maneira de oferecer a população um serviço de transporte público barato e de boa qualidade.
“Essa é uma de tantas outras reuniões que têm o propósito de acompanhar o transporte público no município. Queremos conciliar preço baixo da tarifa juntamente com qualidade no serviço de transporte. E esse é um momento crucial, já que a concessão será renovada em breve e esperamos que as escolhas sejam feitas sempre a favor da população”, disse Agnaldo.
O vereador Roberto Carlos (PT do B) defendeu um novo modelo para a próxima concessionária que “compense ao motorista deixar o carro em casa e buscar a alternativa no transporte público”.
André Luiz Barra, representante da Tecnotran, empresa especializada em pesquisa sobre transporte público, contratada pelo governo municipal para orientar a elaboração do próximo edital de concessão, também esteve presente.
Ele iniciou a apresentação dos estudos requisitados pelos vereadores e adiantou alguns pontos que poderão estar no edital. O estudo, segundo ele, abrangerá uma perspectiva de curto, médio e longo prazo. Ele defendeu a concessão de apenas um lote em todo o município, sob o argumento de que mais de um lote “traria mais problemas do que soluções”.
“Em cidades com mais de 600 mil habitantes, compensaria ter mais de um lote, que não é o caso de Ipatinga. A existência de dois ou mais lotes prejudicaria a criação de novas linhas e acarretaria mais custos administrativos às empresas, o que refletiria num maior preço da passagem. No entanto, duas ou mais empresas poderiam se juntar em consórcio, o que não traria problemas logísticos ou financeiros”, disse.
Indagado sobre o prazo para a entrega do estudo, o representante da Tecnotran afirmou que nas próximas semanas a pesquisa estará pronta, mas que é preciso que o Poder Legislativo aprove primeiro uma lei autorizativa, de autoria do Executivo, seguindo determinação da lei orgânica municipal.
“Após essa aprovação, a lei orgânica exige também que audiências públicas sejam realizadas para que haja a participação popular no processo de elaboração do edital. Só a partir daí que o edital poderá ser publicado de forma oficial”, disse ele.
Sobre a autorização do aumento das passagens, os representantes do governo afirmaram que a Comissão Municipal de Transporte se baseou em aspectos técnicos, mas que a prefeita Cecília está procurando alternativas para não repassar o aumento à população.
Além das autoridades já mencionadas, estiveram também presentes na reunião os vereadores Nilton Manoel (SDD), Nilson Lucas Nilsinho (PMDB), Jadson Heleno (SDD), Nilsin da Transnil (PRTB), o procurador Vicente Costa, o secretário Gustavo Finocchio Lima (Serviços Urbanos e Meio Ambiente), Flávio Anício (Diretor de Departamento de Trânsito), além de técnicos da Câmara Municipal de Ipatinga.