A Comissão Permanente de Trabalho, Saúde e Bem Estar Social da Câmara Municipal aprovou requerimento para realização de uma Audiência Pública com objetivo de discutir a instalação de uma unidade do Hemominas em Ipatinga.

 

O assunto foi tratado durante reunião Ordinária da Comissão ao receber membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias interessados em buscar os meios possíveis para que a conquista se torne realidade.

 

“Já nos reunimos com representantes do Hospital Márcio Cunha, da Superintendência Regional de Saúde, do Hemominas e representantes do poder público de Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso. Nosso intuito é confluir forças para que sejamos contemplados com um Hemocentro em nossa região. A população paga um preço caro diante a falta deste equipamento”, defende Patrícia Gonçalves de Oliveira, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que apresentou a demanda ao Legislativo de Ipatinga. A iniciativada instituição religiosa se deve ao programa de ajuda humanitária que mantém denominado “Mãos que Ajudam”.

 

“Anualmente trabalhamos em prol de um tema que trate sobre solidariedade e leve alento ao próximo. Neste ano foi a vez da doação de sangue. Ao conhecermos a fundo a realidade deste assunto em Ipatinga e região, nos convencemos da necessidade de levarmos isso até que providências concretas sejam tomadas. Daí nossa visita à Comissão de Saúde de Ipatinga”, complementou Adriane Ritome Marques, também membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

 

Ao ouvir a demanda, a presidente da Comissão de Saúde, vereadora Lene Teixeira (PT), informou que o assunto é pauta de ações de seu mandato etem sido discutido juntamente com os demais vereadores.

 

“Já buscamos informações sobre o motivo de Ipatinga ainda não contar com uma unidade do Hemominas. Existe o projeto e o interesse. Tanto do Estado de Minas quanto do município.Nada mais justo que reunirmos as partes interessadas em uma Audiência Pública para desatar os nós”, pontuou Lene Teixeira.

 

Na avaliação do vice-presidente da Comissão de Saúde, vereador Adelson Fernandes (PSB), a sociedade de Ipatinga não pode mais esperar. “Pessoas morrem por falta deste serviço. O poder público gasta recursos que não têm atendimento prestado de maneira adequada. Fico feliz ao ver a sociedade civil participando das ações da Câmara. Só assim somamos forças para garantir as conquistas desejadas”, avaliou o parlamentar.

 

Hemoderivados

 

Atualmente, além do Hospital Márcio Cunha, que é referência regional em procedimentos de média e alta complexidade, sofrem com a carência por hemoderivados os Hospital e Maternidade Vital Brazil, em Timóteo, o Hospital Municipal de Belo Oriente e o Pronto Socorro de Ipatinga, no bairro Cidade Nobre.Quase toda a demanda gerada no Vale do Aço é suprida pelo Hemocentro Regional de Governador Valadares.

 

Histórico

 

Em maio de 2010, após avaliar três sugestões para implantação do serviço no Vale do Aço, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, levantou uma opção que, naquele momento, foi considerada como capaz de trazer resultados mais imediatos: uma parceria com o Hospital Márcio Cunha, que garantiria a cessão de um espaço e a construção do imóvel, com financiamento do Estado e recursos humanos cedidos pela Secretaria de Saúde. O secretário chegou a informar, na oportunidade, que as obras poderiam ser concluídas em nove meses após definidos os procedimentos que seriam tomados.

 

Pouco mais de um ano depois, em julho de 2011, novamente o secretário esteve em Ipatinga para tratar sobre o assunto. Desta vez, Antônio Jorge de Souza ratificou seu aval para atender à demanda e definiu que a melhor saída seria a construção de um espaço próprio para o funcionamento do Hemocentro.

 

 

A data da Audiência será marcada de acordo com a disponibilidade de agenda das partes envolvidas.