Membros da diretoria da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Ipatinga estiveram reunidos nesta quarta-feira (23) com o presidente da Câmara Municipal, Ley do Trânsito, na busca de apoio para que a entidade não seja inviabilizada economicamente com a iminente licitação do sistema de estacionamento rotativo da cidade, mais conhecido como Faixa Azul. Os diretores estiveram no gabinete da presidência acompanhados do assessor parlamentar Leonardo Oliveira, chefe de gabinete do vereador Ademir Cláudio.

A motivação da reunião solicitada pela diretoria da entidade foi o envio pela prefeitura à Câmara,  no dia 16 de abril, do Projeto de Lei nº 38/2014, que pede autorização para o Poder Executivo delegar, mediante licitação, concessão onerosa para exploração de serviço de estacionamento rotativo em vias e logradouros públicos. Na prática, significa dizer que assim que o PL 38 for aprovado em plenário, o sistema de estacionamento rotativo (Faixa Azul), que há anos é administrado pela APAE por meio de uma autorização da administração municipal, terá sua exploração concedida à empresa ou entidade que vencer o processo licitatório.

“A APAE não tem a mínima condição de participar deste processo licitatório, uma vez que o interessado na concessão terá que fazer um investimento inicial da ordem de R$ 1 milhão e nós não temos estes recursos. Desta forma, é certo que a entidade perderá uma receita líquida mensal média de R$ 40.000,00. Sem estes recursos, a APAE de Ipatinga estará fadada a fechar as portas”, desabafa a presidente da entidade, Ana Maria.

Segundo o ex-presidente, e hoje diretor da entidade, José Modad, a APAE de Ipatinga conta com 120 empregados em seu quadro de pessoal, sendo que 57 são orientadores do Faixa Azul, e atende a cerca de 300 alunos.

“O que buscamos com o presidente Ley do Trânsito é o seu apoio para encontrarmos uma forma de a APAE não perder esta receita de R$40.000,00. Estes valores são essenciais para a sobrevivência da entidade”, destaca Modad.

O  presidente Ley do Trânsito se mostrou sensibilizado e preocupado com   a situação, que segundo ele exigirá um grande esforço de todos para evitar que uma entidade que presta tão relevantes serviços à comunidade seja inviabilizada devido à perda expressiva de receita. “Nós já passamos a questão para a Assessoria Jurídica da Câmara, para as devidas análises. Durante a reunião discutimos algumas possiblidades, que precisam ser melhor avaliadas do ponto de vista legal. O certo é que não mediremos esforços para que a APAE continue tendo as condições financeiras necessárias para a manutenção de seu funcionamento. Esta é uma questão social da mais expressiva relevância e que merece toda nossa atenção”, enfatizou.