A Câmara Municipal de Ipatinga realiza audiência pública, nesta quarta-feira (25), às 14h, para discutir assuntos referentes ao desastre ocorrido com a barragem de rejeitos de mineração da empresa Samarco, em Mariana. Além de encontrar formas de ajudar as comunidades diretamente atingidas pelo acidente, a iniciativa tem como objetivo esclarecer os impactos ambientais, sociais e econômicos causados pelo grande volume de lama que tomou conta do Rio Doce.

 

Foram convidados para o debate representantes da Copasa – Regional Vale do Aço, da mineradora Vale, acionista da Samarco, Cenibra, Instituto Ibio – AGB Doce, Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma) de Ipatinga e o Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal. A audiência pública será realizada pela Câmara em atendimento a solicitação feita pelo vereador Juarez Pires.

 

“Primeiramente nossa intenção é debater com os técnicos convidados, e a população de Ipatinga, maneiras de sermos solidários com as comunidades atingidas direta ou indiretamente pelo acidente com a barragem em Mariana. Também queremos compreender e esclarecer quais os reais impactos da tragédia ambiental em nossa região, uma vez o município de Ipatinga faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Doce”, afirmou Juarez Pires.

 

Conforme o vereador, apesar de Ipatinga ter uma pequena parte do seu território banhada pelo Rio Doce, a cidade compõe a mesorregião do Vale do Rio Doce. “Estamos junto com diversos municípios em uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Muitos alimentos que consumimos em Ipatinga vêm de cidades cuja atividade agrícola depende da água do Rio Doce. Além disso, empresas como a Cenibra, por exemplo, que têm uma forte importância para economia regional, foram impactadas negativamente pelo problema”, disse Juarez Pires.

 

Além da comunidade em geral, foram convidados para a audiência pública entidades ligadas ao meio ambiente, associações de moradores de diversos bairros de Ipatinga, imprensa, associações direitos humanos, ONGs, Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema), Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), instituições religiosas, representantes de prefeituras e presidentes de câmaras municipais do Colar Metropolitano do Vale do Aço.

FOTO-DESTAQUE: Jornal Diário do Aço