PMI cumpre investimentos na saúde, mas mosquito aedes aegypti preocupa
Publicada em 29/02/2016 17:33
Além do mosquito, casos de óbitos em decorrência da leishmaniose visceral preocupa Comissão de Saúde da Câmara
A Câmara recebeu, nesta segunda-feira (29), informações do relatório de 3º quadrimestre de 2015 da saúde. Esses dados são repassados do Executivo à Comissão de Saúde Pública, Trabalho e Bem Estar Social quadrimestralmente, para que vereadores e membros efetivos da comissão acompanhem o que efetivamente foi investido na área e apontar o que pode ser melhorado.
Segundo dados do fundo municipal de saúde, a Prefeitura (PMI) investiu no ano passado o montante de R$ 247,4 milhões em saúde. Isso representa mais que o percentual exigido pela lei, que disciplina 15% de recursos de todo o orçamento do município para a saúde. Esses valores são provenientes de entrada de recursos da União (51%) e do Estado (9%), por meio de transferências e de recursos do próprio município (40%).
Dos problemas apresentados pelo secretário de saúde, Eduardo Pena, o mais preocupante é o controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como a dengue e o zika.
“O município tem levado mais dias que o traçado inicialmente para retirar entulhos nas ruas. Apenas na regional 4, que levou 21 dias para ser limpa, em regime de mutirão de limpeza, foram mais de R$ 200 mil de investimentos. E mantemos ações pontuais de educação e trabalho dos agentes de endemias e comunitários de saúde. Limpamos tudo, o tempo todo”, comentou ele.
A limpeza urbana afeta diretamente o aumento de casos de doenças, transmitidas pelo mosquito. Foram mais de 130 mil visitas a residências, incluindo aquelas que estão fechadas. Segundo Eduardo Pena, a cada período, como o de chuvas, há uma combinação de número de casos diferenciados.
Não ocorreu em 2015 nenhum caso de óbito doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegipty. Em compensação, foram registrados sete óbitos em decorrência da leishmaniose visceral. No total, foram diagnosticados 47 casos da doença em Ipatinga. Já na leishmaniose canina, 9.990 cães foram submetidos a teste rápido para detectar o mal. Destes, 1024 foram positivos e 1.724 animais foram eutanasiados.
Para Lene Teixeira, presidente da Comissão de Saúde e autora da lei que disciplina a castração de animais, o número de óbitos é preocupante. “É preciso desmistificar a questão do investimento público e cuidado com os animais. Um problema leva ao outro e zelar para que os animais não sejam vetores de doenças sérias, como a leishmaniose, e que conseqüentemente traz problemas e custos maiores à rede de saúde pública”, reiterou ela
Fazem parte dessa comissão a vereadora Lene Teixeira (presidente) e o os vereadores Adelson Fernandes e Ademir Cláudio Dias, respectivamente vice- presidente e relator.