Em audiência pública de prestação de contas, Eduardo Penna ressalta melhor relação com Governo do Estado

 

A Secretaria Municipal de Saúde apresentou ao Legislativo e à comunidade, em audiência pública realizada nesta terça-feira (31), na Câmara de Ipatinga, o Relatório de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) referente ao 1º quadrimestre de 2016. Prevista em lei, a prestação de contas sobre a gestão financeira e orçamentária do Município relativa à saúde é acompanhada pela Comissão de Saúde Pública, Trabalho e Bem Estar Social.

 

A receita do Fundo Municipal de Saúde, de janeiro a abril, foi de R$ 77,2 milhões. Mais da metade desse valor, 52%, foram transferidos pela União. O Município entrou com o repasse de R$ 26,8 milhões (35%) e o Estado, com R$ 10 milhões (13%). Desse total repassado pelo Estado, R$ 6,3 milhões ficaram com Prefeitura e R$ 3,7 milhões foram destinados ao Hospital Márcio Cunha.

 

Segundo os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, responsáveis pela apresentação dos números na audiência pública, de janeiro a abril deste ano foram notificados 4,6 mil casos de dengue em Ipatinga, 2,4 mil de zika vírus e 167 de chikungunya.

 

Para combater essa epidemia, o setor de Vigilância Epidemiológica realizou 165.120 visitas domiciliares no 1º quadrimestre deste ano, 66% a mais que no mesmo período de 2015, quando foram notificados apenas 283 casos das doenças. Foi realizado ainda um mutirão de limpeza na cidade entre fevereiro e abril, além do uso de carros fumacê em todos os bairros.

 

Também foram realizadas palestras e feitas parcerias com escolas e comunidades, no sentido de combater os focos do mosquito aedes aegypt. O trabalho de conscientização contou ainda com ações educativas pontuais e publicidade nas redes sociais e com distribuição de folhetos.

 

Atendimentos

Somente no 1º quadrimestre deste ano, foram disponibilizados na Policlínica Municipal 19,7 mil consultas médicas e 26,3 mil atendimentos de reabilitação. No setor de Apoio Diagnóstico, o número de exames ultrapassou 165 mil, entre análises laboratoriais, atendimentos de radiologia e ultrassonografia.

 

Já no Hospital Municipal, os atendimentos ambulatoriais atingiram 4,9 mil e os procedimentos de apoio diagnóstico (ultrassonografia, endoscopia, tomografia e RX), 6,4 mil.

 

Os técnicos da Secretaria de Saúde destacaram como principais avanços a inauguração do bloco administrativo no Hospital Municipal de Ipatinga (HMI) e a assinatura do Termo de Compromisso com a Secretaria de Estado da Saúde para o Programa Pro Hosp Incentivo, que garante recursos da ordem de R$ 1 milhão por mês para manutenção do hospital.

 

O fato da taxa de ocupação do HMI, no 1º quadrimestre de 2016, ter sido de 118%, segundo o secretário de Saúde de Ipatinga, Eduardo Caldeira Penna, é uma questão temporária. Segundo ele, em no máximo três meses, estarão em funcionamento duas novas enfermarias que vai acabar com a situação de pacientes terem que ficar em macas nos corredores.

 

Leitos CTI

Eduardo Penna destacou também a liberação, nos próximos dias, de mais quatro leitos no CTI do Hospital Municipal, que contava com apenas seis. Ele explicou que cada novo leito permite quatro internações a mais por mês no CTI, o que totalizaria até 16 internações a mais.

 

O secretário de Saúde ressaltou que a relação do Governo do Estado com o Município melhorou bastante no último ano. “Recebemos na última sexta-feira uma carga de equipamentos do Estado para o Hospital Municipal que se fosse comprada no mercado chegaria a R$ 500 mil. Finalmente a unidade foi reconhecida pelo Estado como referência em nossa região e isso nos garante mais recursos para a sua administração. Nós apresentamos aqui hoje que a taxa de referência do hospital para os municípios da região chegou a 36%. O Município era obrigado a custear boa parte desses atendimentos com recursos próprios”, disse Eduardo Penna.

 

Dependentes químicos

O vereador Ademir Cláudio, relator da Comissão de Saúde da Câmara, manifestou ao secretário sua preocupação com a falta de repasses de recursos municipais para as comunidades terapêuticas que atendem dependentes químicosem Ipatinga. Elelembrou inclusive que foi aprovada uma emenda ao Orçamento, apresentada por ele, que prevê o repasse de recursos para algumas dessas entidades. Eduardo Penna explicou que os convênios com as casas de recuperação, apesar de terem grande relação com a Saúde, são feitos pela Secretaria de Assistência Social, mas que levaria o seu questionamento para a administração municipal.

 

Os trabalhos durante a audiência pública foram conduzidos pela vereadora Lene Teixeira, presidente da Comissão de Saúde Pública, Trabalho e Bem Estar Social da Câmara de Ipatinga.