Parlamentar intermedeia reunião com a subsecretária estadual de políticas sobre drogas e entidades
Publicada em 23/03/2017 17:59
A subsecretária de políticas sobre drogas do Governo de Minas Gerais, Patrícia Magalhães Rocha, esteve nesta quarta-feira (22) na Câmara de Ipatinga, em reunião, com as entidades filantrópicas que tratam dependentes químicos, representantes das Secretarias Municipais de Educação, Assistência Social e Saúde e conselhos municipais a fim de expor o programa estadual sobre drogas, bem como as ações integradas que serão desenvolvidas em doze municípios mineiros, dentre eles Ipatinga.
A reunião foi fruto de ações do mandato do vereador Ademir Cláudio, que viabilizou este encontro e que acompanhou, também, técnicos do Estado em visitas às comunidades terapêuticas Reviver, Paruzia e Água Viva. Outro encontro ocorrido foi com o prefeito municipal de Ipatinga Sebastião Quintão.
Patrícia Magalhães explicou que o município de Ipatinga foi escolhido após o governo estadual ter mapeado os índices de criminalidade associados ao uso de crack e outras substâncias ilícitas. “Em 2012, um primeiro programa foi iniciado, o “Crack, é possível vencer”, em conjunto com as Regiões de Segurança Pública (RISPs), mas como o programa não foi totalmente executado, o Estado agora está abrangendo os programas e estamos buscando apoio junto às prefeituras para executá-los. Neste aspecto, é fundamental o envolvimento do Legislativo, sobretudo quando o parlamentar como o Ademir já caminha conjuntamente com muitas destas entidades”, comentou.
Para Ademir, “é necessário investimentos públicos que visem ações que inibam o uso de drogas e favoreçam ações que acolham o dependente químico, inclusive com a promoção de ações que viabilizem os trabalhos já prestados, como é o caso das comunidades terapêuticas que prestam um serviço de utilidade pública, mas não têm orçamento anual garantido que garanta seus trabalhos”, disse o vereador.
Patrícia Magalhães explicou que a secretaria volta ao município na penúltima semana de maio, possivelmente entre os dias 22 e 26, data em que serão realizadas ações com o intuito de reduzir a oferta de crack e outras drogas ilícitas, bem como a repressão ao tráfico. “Também promoveremos ações de trabalhos conjuntos como a prevenção nas escolas, envolvendo alunos do ensino fundamental e médio. Serão realizadas ações pontuais produzidas por uma equipe multidisciplinar, além da realização de um seminário sobre o assunto. É por isto que o envolvimento das escolas e de toda a sociedade civil organizada para que alcancemos o sucesso deste projeto”, disse a subsecretária.
Ainda serão implementados os seguintes programas: “Crack é possível vencer”. Trata-se da implementação do eixo autoridade nas cenas de uso pactuadas no programa federal, mapeadas pela concentração de criminalidade e consumo de substâncias psicoativas. Outro programa a ser trabalhado será o “Programa de Abordagem Regionalizada PAR, a Maratona de Prevenção”, que é o conjunto de ações integradas em Âmbito escolar para o fortalecimento dos fatores de proteção e disseminação da cultura de prevenção em todos os níveis.
As instruções são baseadas no eixo “Autoridades nas Cenas de Uso" e o Programa de Abordagem Regionalizada (PAR), que orienta ações de abordagem, sensibilização, direcionamento e acolhimento das pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas.
Já a Capacitação de Prevenção de Recaída - que é a capacitação de profissionais do sistema prisional e sócio educativo local, para a aplicação de ferramentas didáticas aos usuários, visando à identificação de situações de risco e treinamento de habilidades sociais.
Outra vertente a ser trabalhada é o PROERD, que é um programa que já vem sendo realizado com apoio técnico da Polícia Militar de Minas Gerais; COMAD – criação de novos conselhos de municipais de políticas sobre drogas, bem como as conferências municipais de políticas sobre drogas e realização de simpósios.
Para a professora Maria do Rosário Santos Almeida, que trabalha na Escola Estadual Manoela Santos Bicalho, “é importante a realização de treinamentos, porque, como vivemos a realidade escolar, precisamos estar preparadas para ajudar os alunos que estão envolvidos com entorpecentes. Muitas vezes somos nós os professores que detectamos o problema primeiro, mas, infelizmente, muitas vezes nem sabemos como agir, então todo treinamento e ajuda são bem vindos”, disse.