Ação na Câmara reforça o trabalho de prevenção ao suicídio lançado no Setembro Amarelo
Publicada em 05/09/2018 17:26
Vice-presidente da Comissão de Saúde promove multiplicadores que saibam lidar com os vulneráveis
Desde 2005, o Centro de Valorização da Vida (CVV) busca um diálogo sobre suicídio com a comunidade. No Brasil, o suicídio já é a 4º maior causa de morte entre os jovens, e o número de pessoas que atentam contra a vida só cresce. Preocupada com isso, a vice-presidente da Comissão Permanente de Saúde, vereadora Márcia Perozini, está promovendo uma série de ações que visam aproximar a sociedade daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade.
No próximo dia 10, às 15h, uma palestra com o tema "Suicídio: Fatores de Risco e Prevenção" será realizada com líderes religiosos, servidores da Câmara e da Prefeitura Municipal. A assistente social Jany Mara conduzirá os trabalhos falando sobre "Prevenção do Suicídio e Valorização da Vida". Ainda dentro do mês de setembro, do dia 11 ao dia 14 de setembro, a Casa da Provisão oferecerá atendimento psicológico individual e o agendamento pode ser feito pelo telefone (31) 3822 7971. Esse número funciona como um Tele Vida, telefone de aconselhamento e plantão para oração.
“Sabemos que o suicida não quer cometer o ato de se matar. Ele está mal e quer resolver a sua dor. O que ele quer é buscar o alívio. Então, nossa intenção é promover ações que busquem identificar aqueles que não estão bem, e promover multiplicadores que possam ajudar deprimidos, quer seja os encaminhando para o correto tratamento, quer seja ouvindo, dando apoio e amor para superar suas dores”, comentou a vice-presidente da Comissão de Saúde, vereadora Márcia Perozini.
Números - Segundo a psicóloga Ingrid Saraiva, 90% dos suicídios poderiam ser evitados com a ajuda psicológica. “A maioria das pessoas que precisa de tratamento, por ter doenças psicológicas, nem sabem que tem e, por isso mesmo, não fazem o tratamento adequado, culminando em vontade de morrer. Estima-se que aproximadamente 60% dos que cometem suicídio não buscaram ajuda”, explicou Ingrid.
Ela lembrou que pessoas com depressão, esquizofrenia, pensamentos suicidas ou diversas outras doenças mentais não tratadas são potenciais pessoas vulneráveis a isso. “Falar sobre o assunto é extremamente importante, justamente para que possamos diminuir este número de vulneráveis. Conversando, esse grupo sabe que não está sozinho e que existem meios de tratar estas doenças”, disse a psicóloga.
Lembrando que aquele que atesta contra a vida não quer exatamente morrer, mas, sim, acabar com o sofrimento pelo qual está passando. A especialista fala que, em geral, os suicidas planejam suas mortes e dão sinais que atentarão contra a vida. “Reconhecer estes sinais e ofertar apoio pode prevenir uma tentativa e principalmente começar um caminho de superação do sofrimento”, avaliou psicóloga.