Comissão de Saúde Pública alerta sobre período de proliferação do Aedes Aegypti
Publicada em 16/01/2020 17:14
Último levantamento feito aponta aumento do índice de larvas encontradas em residências localizadas no município de Ipatinga
Diante do aumento da infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, a Comissão de Saúde Pública da Câmara de Ipatinga reforçou a importância de ações conjuntas voltadas para o controle e prevenção do mosquito transmissor das arboviroses.
O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2020, divulgado pela Prefeitura de Ipatinga, constatou que 5,3% dos recipientes analisados em residências continham a presença da larva do Aedes aegypti, um aumento em relação à última sondagem, realizada em outubro do ano passado.
Um dos motivos para o crescimento dos focos do mosquito Aedes aegypti é a associação entre o período chuvoso e o clima quente, propício à eclosão dos ovos que formam as larvas. De acordo com o Ministério da Saúde, o percentual é considerado de alerta quando está entre 1% e 3,9%. Ipatinga se encontra atualmente em situação de risco para uma epidemia, quando o número é igual o superior a 4%.
O presidente da Comissão de Saúde Pública, vereador Fábio Pereira (Fabinho), chamou atenção para a necessidade de ações de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti envolvendo toda a sociedade, considerando que os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro dos domicílios.
No mês de dezembro, Fabinho coordenou uma audiência na Câmara Municipal sobre o tema. No encontro, o vereador ressaltou o trabalho realizado pelos agentes de saúde. “Realizam grande trabalho e precisam de todos nessa luta em defesa da saúde”.
Vereador Fabinho (centro) comandou audiência pública sobre o tema; representantes da Prefeitura e profissionais de saúde participaram do debate, realizado no final de 2019
Conforme a Administração Municipal, entre os bairros que registraram números mais preocupantes estão Bom Jardim, Ferroviários, Horto e região industrial - 10,6%; Esperança e Ideal - 7%; Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre - 6,2%, e Caravelas e Jardim Panorama - 5,3%. Diante dos números apresentados, o governo municipal anunciou a criação de uma força-tarefa envolvendo todas as secretarias no trabalho de orientação e combate ao mosquito.
De acordo com a Secretaria de Saúde, entre maio e junho de 2018, eram 715 casos de chikugunya para cada 100 mil habitantes, e hoje são apenas seis casos para o mesmo grupo. Os casos de dengue, chikugunya e zika permanecem controlados, segundo a Prefeitura.