Câmara aprova projeto de lei que institui Serviço de Inspeção Municipal
Publicada em 18/11/2022 16:54
O SIM/Ipatinga ficará responsável pela inspeção e fiscalização de estabelecimentos que produzem alimentos de origem animal e vegetal
Os vereadores da Câmara Municipal de Ipatinga aprovaram na tarde desta seta-feira, em reunião extraordinária, o Projeto de Lei nº 228/22, que institui o Serviço de Inspeção Municipal - SIM/Ipatinga, responsável pela “inspeção e fiscalização sanitária industrial de produtos de origem animal e vegetal”.
Na prática, o SIM/Ipatinga irá fazer a inspeção e fiscalização dos estabelecimentos que produzem alimentos de origem animal e vegetal, com o intuito de garantir à população a qualidade dos alimentos produzidos e comercializados no município.
Além disso, o serviço propõe garantir mais segurança aos produtores locais, que passarão a comercializar os produtos por meio de um selo de certificação, inibindo a circulação de mercadorias clandestinas.
O texto dispõe sobre a cobrança da taxa do serviço, paga pelo produtor, de acordo com o tipo de produção. Trata ainda das penalidades em caso de infração.
A matéria gerou discussões entre os integrantes da Comissão de Saúde Pública, Trabalho e Bem-Estar Social. A vereadora Cida Lima (PT) quis saber como seria a organização da estrutura administrativa do SIM/Ipatinga. Questionou outros pontos, incluindo o que direciona materiais apreendidos a famílias de baixa renda, sugerindo a apresentação de uma emenda supressiva.
O texto diz que o SIM/Ipatinga está subordinado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, mas deixa em aberto outros pontos da organização administrativa, cabendo ao Poder Executivo a regulamentação da matéria.
Já o vereador Fernando Ratzke (Cidadania) alertou sobre a possibilidade dessa fiscalização privilegiar o grande empresário em detrimento do pequeno produtor.
Por sua vez, o vereador Avelino da Cruz (PP) afirmou que o propósito da matéria é exatamente o oposto, com o objetivo de tirar da informalidade pequenos produtores locais, garantindo-lhes acesso ao mercado de consumo. E que essa é uma demanda antiga deles.
“Existe um movimento regional para que haja qualidade na alimentação, justamente para combater os abates clandestinos. E isso vai inclusive ajudar os empresários que trabalham no fundo de quintal a entrar em um processo de melhoria e no padrão de qualidade, sendo um pedido deles mesmos”, disse o vereador Avelino.
O texto segue para 2ª discussão e votação, quando emendas parlamentares poderão ser apresentadas.
Assista à reunião:
Imagem: Agência Senado