Moradores fazem abaixo-assinado contra
Publicada em 08/02/2011 16:31
Ofício exigindo providências será enviado à Prefeitura, Ministério Público, empresa e também a órgãos ligados ao meio ambiente, garante o vereador Dário Teixeira
O vereador Dário Teixeira (PT) disse, na tarde desta terça-feira (08/02), que enviará um ofício à Prefeitura, ao Ministério Público e também a órgãos ligados ao meio ambiente para solucionar o problema do “pó preto” que se acumula e prejudica a saúde de moradores de bairros próximos à Usiminas.
O “pó preto” vem do minério de ferro e do carvão, matérias-primas essenciais para a produção de aço.
Segundo o parlamentar, moradores de bairros como o Bom Retiro, Cariru, Bairro das Águas, Novo Cruzeiro e Bela Vista o procuraram numerosas vezes para reclamar do aumento do acúmulo desse material nas residências próximas à empresa.
Um abaixo-assinado com mais de 800 assinaturas foi recebido pelo vereador.
“Pedimos a apuração e o esclarecimento para a população por que o pó preto tem aumentado. Faremos ofício encaminhado ao MP, PMI, comissão de meio ambiente”, afirmou o parlamentar.
Dário destacou Cubatão, no interior de São Paulo, como exemplo de cidade que superou o problema crônico da poluição.
“Esperamos que o que foi aplicado em Cubatão também seja aplicado em Ipatinga, porque a empresa de Cubatão é da Usiminas.”
Questionado sobre a eficácia dos painéis de qualidade do ar, instalados no estacionamento do Shopping do Vale do Aço, na Praça dos Três Poderes, no estacionamento do Ipatingão/Parque Ipanema e no trevo do bairro Cariru, Dário disse acreditar que os painéis não analisam a quantidade de “pó preto” no ar.
“A gente sempre vê a medição do ar como apropriada para a população nos painéis, mas fico me perguntando se o ‘pó preto’ também é detectado por esses mesmos painéis.”
Em conversa informal com os jornalistas, Dário, que reside no bairro Bom Retiro, disse que precisou lavar o carro hoje cedo, “porque estava cheio de pó preto”.
“Imagine, então, uma casa esperando a chegada do pó preto todos os dias. Nós não podemos esconder isso. A população está correta. Esperamos uma solução para essa questão, para que não haja problemas futuros à saúde de todos nós.”