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CPI já tem documentação suficiente que comprova irregularidades, diz Guedes


Publicada em 17/02/2011 17:18

CPI já tem documentação suficiente que comprova irregularidades, diz Guedes
Comissão está à espera do testemunho do prefeito Robson Gomes, mas já conta com relatório que aponta irregularidades graves cometidas pelo Executivo
 
Após cinco meses de trabalho, 12 mil documentos analisados e mais de 100 testemunhas ouvidas, a CPI do Kit Escolar chega à fase final com a expectativa de ouvir a última pessoa envolvida diretamente com a compra de materiais escolares, o prefeito Robson Gomes.
 
No entanto, o chefe do Executivo não é obrigado a comparecer à oitiva marcada para o dia 25/02, às 9h, data em que a CPI encerrará os trabalhos.
 
De acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, vereador Sebastião Guedes (PT), mesmo com a ausência de Robson, a CPI já conta com informações suficientes que comprovam irregularidades entre o contrato da Acolari, empresa responsável pelo fornecimento dos kits, e a Prefeitura de Ipatinga.
 
“É possível finalizar a CPI sem a oitiva com o Robson. As pessoas da administração diretamente envolvidas já nos passaram as informações. Ouvir o prefeito é garantia de ele ter o direito à ampla defesa”, disse Guedes, em entrevista a uma rádio local.
 
Entre as irregularidades cometidas pela Prefeitura, diz Guedes, está o pagamento antecipado à Acolari, a má qualidade dos kits escolares, a não distribuição dos materiais a todos os alunos da rede municipal de ensino, o superfaturamento e a participação de empresas fantasma.
 
“Infelizmente, o que a Comissão apresentará é lamentável. Ipatinga foi assaltada. Houve superfaturamento de até 500% em algumas mercadorias. É uma formação de cartel que aconteceu e lesou o patrimônio público de Ipatinga”, afirmou Guedes.
 
Sobre a oitiva com a representante da Acolari em Minas, Sandra Pachoal, o vereador Guedes destacou uma fala da funcionária da empresa, que confirmou indícios levantados pela CPI de direcionamento da venda dos kits, privilegiando a Acolari.
 
“Sandra disse que os materiais foram vendidos em kits, mas entregues em peças. Isso é mais uma maneira de fraudar a licitação, porque elimina os concorrentes, já que nem todos podem fornecer o kit completo.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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