Reunião define propostas para o Centro de Ipatinga
Publicada em 08/04/2011 17:42
O presidente da CMI, Nardyello Rocha (PMDB), participou de reunião para discutir problemas relativos ao Centro da cidade.
A reunião, convocada pelo Conselho de Segurança Pública (Consep I), aconteceu na manhã desta sexta-feira (08), no gabinete da presidência. Além do presidente da Casa, estiveram presentes o vereador Roberto Carlos (PV), representantes da Prefeitura, da Polícia Militar, comerciantes e moradores do Centro de Ipatinga.
Os pontos discutidos foram a criação de uma base comunitária da Polícia Militar, a reativação da comissão de revitalização do Centro e o alto índice de andarilhos e mendigos.
Sobre a base comunitária, o presidente do Consep I, Gerson Paulino, explicou que aguarda posição de deputados da região que estão pleiteando a base para Ipatinga.
A previsão é que a base venha para o Município ainda no primeiro semestre deste ano. Ela é móvel e trata-se de um Sprinter, duas motocicletas, duas bicicletas e oito policiais.
Nardyello disse que apesar de ter coordenado a reunião, é importante salientar que a função do Legislativo é dar o suporte necessário para a realização das ações.
“Nosso apoio não faltará em momento algum. Porém, ações de execução competem ao Executivo e à Polícia Militar”, reiterou.
Durante a reunião, ficou acertada a reativação da comissão de revitalização do Centro. De acordo com Gerson, no período em que esteve ativa, a comissão obteve importantes conquistas, como a criação da patrulha escolar e do sossego, a abertura de rua no Centro e a desocupação do prédio da Cracolândia.
Outro ponto que tem sido incansavelmente discutido é a questão da mendicância no Centro da cidade, onde existe uma quantidade significativa de moradores de rua. Segundo Nardyello, os mendigos são atraídos pelo fato de que, em Ipatinga, a população tem o costume de dar esmola.
O parlamentar lembrou sua indicação no último encontro com o conselho. “Dar esmola não resolve o problema, mas é necessário criar alternativas para pessoas que vivem nessa situação”, disse.
Nardyello citou o exemplo de Poços de Caldas, cidade localizada no Sul de Minas. “Em Poço de Caldas, existe uma cultura entre os cidadãos de não dar esmolas. Inclusive, a prefeitura coloca placas em locais públicos orientando a população para isso. A sinalização ainda tem um telefone para o qual a pessoa deve ligar, para falar que tem alguém naquela situação no local. Uma equipe da prefeitura vai até o andarilho e o convida para ir ao abrigo, oferecendo comida e banho. Em seguida, pergunta de onde ele é e lhe dá uma passagem de volta para sua terra de origem”, comentou.
“Porém, qualquer ação nesse sentido tem que ser muito bem planejada, para que não se torne outro problema. Temos que criar alternativas para fazer esse tipo de trabalho e evitar que, ao parar de receber esmolas, os mendigos comecem a roubar”, observou.
Ao término da reunião, uma comissão foi formada para traçar ações que viabilizem a implantação de programas que acabem com a doação de esmolas.
Para Nardyello, as discussões foram produtivas. O parlamentar espera que as ações traçadas sejam efetivamente realizadas.