Greve dos professores chega ao fim após dois meses de paralisação
Publicada em 09/08/2011 14:15
Depois de quase cinco horas de negociação, Prefeitura e Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) chegaram a um acordo que coloca fim à greve dos professores da rede municipal de ensino de Ipatinga.
A apresentação da contraproposta da Prefeitura só terminou no início da noite dessa segunda-feira (08/08).
A diretoria do Sind-UTE discordou em alguns pontos, mas, ao fim da reunião, houve um acordo entre as partes e, em assembléia realizada ainda na noite de segunda-feira, a categoria decidiu colocar fim à greve.
Parlamentares da Câmara Municipal de Ipatinga acompanharam todo o processo de negociação. O presidente Nardyello Rocha (PMDB), juntamente com Roberto Carlos (PV), Pedro Felipe (PTB), Maria do Amparo (PDT) e José Geraldo Amigão (PV), foram convidados a participar dessa reunião decisiva.
Nardyello comemorou o resultado e enfatizou que todas as partes envolvidas abriram mão em algum ponto para que chegassem a um acordo.
“No processo de intermediação, eu foquei todas as preocupações que o Sindicato me apresentou. O compromisso do Legislativo foi, desde o início, de não medir esforços para acabar com a greve. Agora, temos que comemorar o fim da paralisação e o retorno dos alunos às salas de aula”, declarou o vereador.
Proposta
A proposta da Prefeitura foi de integralizar o percentual de 10% à tabela de vencimentos dos professores e, a partir do mês de agosto de 2011, será aplicado o índice de 6,47%. A partir de 1º de novembro, o índice será de 1,53%; e 2% a partir de janeiro de 2012, sendo que todas as parcelas incidirão na tabela de vencimentos de julho de 2011.
Ainda conforme a proposta, o piso da categoria deverá ser estudado de forma planejada para que a integralização ocorra de forma progressiva sem ferir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Prefeitura também vai realizar concurso público para suprir as vagas em aberto até março de 2012, sendo que antes será realizado revisão do plano de carreira.
A extensão da jornada foi outro ponto debatido. A Prefeitura se comprometeu a não alterar a fórmula de cálculo salarial dos servidores que estendem a jornada.
Com o retorno imediato às aulas, não serão descontados os dias relativos ao recesso escolar. As férias dos profissionais serão pagas em até 10 dias após o retorno total das aulas. Os dias não pagos devido a ausência em sala de aula, à medida que forem repostos, serão pagos.
Um calendário de reposição, em conformidade com a legislação vigente, foi elaborado pela Secretaria Municipal de Educação e entregue ao Ministério Público.
A administração também se comprometeu a abrir mão, a favor dos professores, da multa imposta pelo Judiciário.