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Representante da Vital atribui demissões ao corte de 25% em contrato pela PMI


Publicada em 27/09/2011 17:30

Representante da Vital atribui demissões ao corte de 25% em contrato pela PMI

Engenheiro afirma que serviços de varrição das ruas e recolhimento de entulhos serão suspensos

 

A Comissão Especial nomeada para acompanhar a situação da demissão em massa de trabalhadores pela Vital Engenharia Ambiental, concessionária dos serviços de limpeza urbana em Ipatinga, ouviu, nesta terça-feira (27), o engenheiro Lélis Antônio Carlos, funcionário da empresa e responsável pelo gerenciamento do contrato com a Prefeitura Municipal. Segundo ele, além de ter pedido a redução de 25% dos valores pagos pelo contrato, o Executivo apresenta hoje um débito de R$ 11,6 milhões com a Vital.

 

Conforme o engenheiro, os problemas de pagamento da Prefeitura tiveram início em novembro do ano passado. A última nota fiscal paga pelos serviços de limpeza urbana em Ipatinga data de 14 de março deste ano, tendo sido quitada em 25 de maio. O contrato vigente prevê o pagamento de R$ 1,93 milhão por mês à Vital Engenharia Ambiental.

 

Há 15 dias, Lélis Antônio e outros representantes de empresas prestadoras de serviços à Prefeitura foram convocados para uma reunião. Na oportunidade, eles foram informados sobre os cortes de 25% nos contratos e receberam proposta de financiamento das dívidas no banco BMG.

 

“O problema é que o financiamento seria feito no nome da Vital, o que a impediria de participar de licitações até sua quitação. Além disso, teríamos que arcar com o pagamento dos juros da operação bancária”, explicou o engenheiro.

 

Com a demissão de 300 funcionários, que já estão cumprindo aviso-prévio, a Vital Engenharia Ambiental deixará de prestar os serviços de capina, varrição das ruas da cidade e recolhimento de entulhos. Lélis Antônio explicou que as demissões e a suspensão das atividades se devem ao corte de 25% no contrato e não estão relacionadas ao atraso dos pagamentos pela Prefeitura.

 

“Devido à redução de 25% nos valores do contrato, manteremos apenas os serviços de coleta do lixo domiciliar e da saúde, a operação do caminhão que faz o desentupimento das bocas de lobo, a limpeza da área das feiras e as atividades do aterro sanitário”, detalhou o gerente da Vital Engenharia.

 

Sobre a dívida da Prefeitura, que no final deste mês vai ultrapassar R$ 13,5 milhões, Lélis Antônio disse que “a empresa precisa de um horizonte sobre os pagamentos. Que as faturas com a redução de 25% sejam pagas em dia a partir de outubro e comecem a ser pagas as parcelas da dívida maior”.

 

A partir do dia 1º de outubro, os 300 funcionários que estão de aviso-prévio deixarão de desempenhar suas atividades nas ruas de Ipatinga e passarão a trabalhar internamente na empresa. No dia 15, termina o aviso-prévio e todos terão seus contratos de trabalho rescindidos.

 

Os vereadores presentes à reunião com Lélis Antônio Carlos se mostraram inconformados com a situação dos funcionários demitidos pela Vital e muito preocupados com a situação da população de Ipatinga, diante da suspensão de parte dos serviços de limpeza urbana.

 

Questionado se não haveria uma alternativa para evitar as demissões, Lélis Antônio disse que até o momento a empresa não encontrou outra saída para a situação. Ele ressaltou que o contrato prevê que diante de mais de três meses de atraso nos pagamentos por parte da Prefeitura, a Vital Engenharia poderá manter apenas 30% dos serviços prestados.

 

Nesta quarta-feira, os parlamentares integrantes da Comissão Especial devem ouvir o secretário de Serviços Urbanos e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal, Rodrigo Gouvêa Resende.

 

Participaram da reunião com o representante da Vital Engenharia Ambiental os vereadores Roberto Carlos (PV), Sebastião Guedes (PT), Nilsinho (PMDB), todos componentes da Comissão Especial, mais os parlamentares Adelson Fernandes (PSB), César Custódio (PT) e Dário Teixeira (PT).

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