Vereadores aguardam cópia de parecer que, segundo Secretaria, dá legalidade a cronograma de reposição de aulas

 

O secretário de Educação, Maurício Mayrink, comprometeu-se a enviar à Câmara, até a próxima segunda-feira (03), cópia do parecer que abona as decisões da Secretaria quanto à recomposição do calendário escolar após a greve de professores, que durou mais de dois meses.

 

Maurício esteve na Câmara na tarde dessa quinta-feira (29), por solicitação da Comissão de Educação, para explicar a seu presidente, César Custódio (PT), e aos vereadores que estavam no plenário, como está a situação da reposição das aulas. A reunião também contou com a participação de 32 diretores de escolas municipais.

 

São inúmeras as indagações da Comissão à Secretaria, envolvendo a situação das aulas aos sábados para alunos que guardam o dia por motivos religiosos (adventistas), e de alguns professores da mesma religião. Outro ponto abordado é o corte de dia daquele educador que se dispõe a dar um horário extra de aula por dia porque faz pós-graduação aos sábados.

 

Outro questionamento diz respeito aos dias cortados de professores que não aderiram à greve e não teriam necessidade de reporem aulas aos sábados.

 

A equipe da Secretaria de Educação esclareceu que os diretores de escola que têm procurado a sede estão sendo ouvidos e, dentro da legalidade, atendidos. Mas a informação foi contestada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-Ute.

 

A diretora executiva do sindicato, Cida Lima, disse que o governo tentou, na Justiça, tirar a legitimidade do sindicato como órgão representante dos trabalhadores em educação, mas veio a perder a causa.

 

“Estamos recebendo inúmeras denúncias. Há professores que, por exemplo, perderam parentes e ficaram de luto no sábado e tiveram o dia cortado. Não há critério na Secretaria, está muito desorganizado. Nunca houve uma reunião com todos os diretores de escola juntos. Vamos continuar denunciando questões desrespeitosas como essas”, disse Cida.

 

Devido ao impasse das informações, tanto o secretário como a Comissão remarcaram para terça-feira a próxima reunião entre as partes, uma vez que o motivo principal pelo qual a reunião foi solicitada não foi esclarecido.

 

“Até lá, ficamos de receber cópia dos pareceres, a exemplo daquele que não permite outro tipo de extensão de aula aos sábados, para os alunos que guardam o sábado, porque há um desencontro de informações entre o que diz a Secretaria, os diretores e o Sindicato”, frisou o presidente da Comissão de Educação, vereador César Custódio.