O presidente da Câmara de Ipatinga, Nardyello Rocha (PSD), convocou para esta quarta-feira (23/11) uma reunião, às 14h, com representantes das creches e do governo municipal, para chegar a um denominador comum e resolver de vez o impasse que está ocorrendo entre as entidades e a Prefeitura. 

 

“O primeiro passo é conseguir uma forma de impedir os cortes anunciados pela administração municipal. Outra tarefa seria nos colocar à disposição para votar qualquer suplementação, qualquer mudança de rubrica, para que possam então ser contempladas as creches”, declarou Nardyello.

 

“A presença do secretário de educação já está confirmada. Essa reunião tem caráter emergencial e cremos que, unindo forças, vamos conseguir resolver esse problema que está afetando diretamente as creches do Município”, afirmou.

 

Conforme o presidente, as entidades não podem ficar sem esse recurso, porque já contavam com ele, desde o ano passado, para executar o orçamento de 2011. “E esse anúncio de corte brusco na totalidade de 25% deixou todos despreparados, porque não se pode tirar um quarto das crianças das creches”, enfatizou.

 

Entenda mais – Na reunião ordinária da última segunda-feira (21/11), uma nota de repúdio contra a Secretaria Municipal de Educação e contra a administração municipal foi lida na tribuna da Câmara Municipal de Ipatinga por José de Cássio Basílio, presidente da Creche Centro de Educação Infantil Bela Vista e membro da comissão formada pelas creches de Ipatinga.

 

O corte de 25% nos valores dos convênios das creches também foi alvo do pronunciamento dos vereadores Agnaldo Bicalho (PT) e Roberto Carlos (PV).

 

José de Cássio disse que pediu para fazer uso da tribuna com o objetivo de sensibilizar a população de Ipatinga com relação à situação enfrentada pelas creches. “E também a prefeitura que, quem sabe, venha a construir creches e assumir as crianças, nos liberando dessa atividade”, desafiou o representante das creches.

 

“O corte de 25% está afetando demais as entidades. Nós tínhamos um convênio anual assinado e nas últimas três prestações houve o corte. A preocupação é muito grande. Por exemplo, acontece do presidente de uma creche só ter dinheiro para pagar os funcionários e os encargos tributários. Sem contar que hoje, dia 21 de novembro, eu não recebi as duas últimas parcelas, aquelas que já deveriam vir com o corte de 25%”, disse José de Cássio.