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Audiência aponta acidentes com motos como problema de saúde pública


Publicada em 20/12/2011 13:57

Audiência aponta acidentes com motos como problema de saúde pública

Alto índice de acidentes envolvendo motociclistas leva vereador Nilsinho a propor mais rigor em campanhas preventivas

 

Audiência pública realizada nessa segunda-feira (19/12) para prestação de contas do 3º trimestre da Secretaria Municipal de Saúde revelou que mais de 60% dos acidentes registrados no município de Ipatinga envolvem motociclistas. 

 

O número, apresentado pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), levou o vereador Nilson Lucas Nilsinho a sugerir ao governo municipal “alerta quanto ao problema, principalmente neste período de chuva” e “mais rigor em campanhas preventivas”.

 

“A cada 10 chamadas feitas para o SAMU no Município, seis são para socorrer motociclistas. É um número assustador e que merece atenção especial nas campanhas preventivas de acidentes realizadas na cidade”, disse Nilsinho, presidente da Comissão de Controle da Execução Orçamentária e Financeira do Município.

 


Vereador Nilsinho acompanha a exibição dos números da saúde

pública do 3º trimestre de 2011

 

O parlamentar classifica o índice como “problema de saúde pública”. Ele pediu mais políticas “em favor da vida”. O médico Geraldo Martins, coordenador do SAMU, disse que a maioria dos feridos é encaminhada ao Hospital Municipal, que atualmente funciona com 200% de sua capacidade. Os casos mais graves são atendidos pelo Hospital Márcio Cunha.   Calcula-se que haja mais de 30 mil motos em Ipatinga, número per capita equivalente ao da cidade de São Paulo. 

 

Tomógrafo

 

O vereador Nilsinho criticou o governo Robson por adiar, há meses, a instalação do tomógrafo, aparelho que realiza exames por meio de imagens. Atualmente, a prefeitura encaminha os exames para o Hospital Márcio Cunha e afirma que “não há pacientes na fila de espera para exames de tomografia”.

 

“Mas não faz sentido manter um tomógrafo parado enquanto tercerizamos o serviço com um hospital particular. O funcionamento do tomógrafo é uma solicitação antiga, de  mais de três anos,  que só vem sendo adiada”, disse Nilsinho. A prefeitura argumenta que o aparelho será colocado em funcionamento “em breve”, sem data definida.

 

Infecção hospitalar

 

Outro ponto que chamou a atenção foi o aumento do índice de infecção hospitalar na rede municipal de saúde, hoje em torno de 3,6%. Embora a prefeitura afirme que a taxa está “dentro dos padrões esperados para a média brasileira”, que pode chegar a 5%, o número divulgado pela direção do Hospital Municipal está acima do 1% recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). “Estamos preocupados com o aumento da infecção hospitalar”, disse Nilsinho.

 

 

Eficiência na saúde

 

Ao fim da audiência pública, Nilsinho lembrou  que o percentual de gastos do Município com a saúde está acima do mínimo de 15% do orçamento exigido por lei, mas  disse que é necessário mais eficiência na aplicação dos recursos.

 

“Ipatinga gasta 22% do que arrecada com a saúde, mas precisamos olhar mais para a eficiência desses gastos. Podemos, sim, aumentar mais os gastos com saúde, que se traduzem em vidas, mas não podemos deixar de lado a boa aplicação do dinheiro público.”

 

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