Representantes de creches se reuniram nessa terça-feira (24) com os vereadores membros da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Ipatinga, César Custódio (PT) e Roberto Carlos (PV), com o objetivo de buscar uma solução para o corte de 25% nos convênios das entidades e a diminuição nos valores dos repasses para o ano de 2012.

 

Gil César Assunção, presidente do Núcleo Assistencial Pequeno Cidadão e representante dos presidentes das creches, disse que os planos de trabalho enviados às entidades pela administração municipal não atendem às demandas existentes. “Os planos de trabalho enviados a nós pela Prefeitura não cobrem as despesas de 2012, ficando muito aquém das nossas expectativas e prejudicando o atendimento às crianças”, observou.

 

De acordo com diretores das entidades, se não houver uma mudança nos valores dos repasses, algumas creches não terão como arcar com despesas essenciais como aluguel, água e energia, podendo reduzir até mesmo a quantidade de materiais didáticos usados na educação das crianças. “A diminuição dos valores das verbas de algumas entidades chegam a 30% e, em outros casos, isso chega a representar uma queda de R$ 30 mil nos valores totais dos planos de trabalho”, salientou Gil César.

 

Para o vereador Roberto Carlos (PV), faltam esclarecimentos por parte dos representantes do Poder Executivo, uma vez que a Câmara Municipal devolveu aos cofres da Prefeitura os valores para que os repasses das entidades fossem pagos, o que não aconteceu. “Nós, vereadores, não nos omitiremos e queremos que os secretários municipais de Educação e de Fazenda prestem esclarecimentos para as entidades, porque os valores ainda não foram repassados”, ponderou.

 

Já o vereador César Custódio (PT) é a favor de que as pendências de 2011 sejam todas sanadas para que as entidades assumam novos convênios para 2012. Segundo ele, existem muitas entidades que ainda não receberam parte dos convênios do ano passado. “Isso está dificultando os atendimentos e, diante desse impasse, infelizmente, quem fica prejudicado são as famílias, que dependem do bom funcionamento das creches para que os pais possam trabalhar”, analisou.

 

Durante a reunião, 25 entidades estiveram representadas e todos foram unânimes em afirmar que, se as pendências de 2011 não forem sanadas, as creches não receberão as crianças para os atendimentos diários.

 

Uma reunião deverá ser marcada ainda esta semana entre representantes das entidades, vereadores e o prefeito.