Nenhuma testemunha compareceu a oitivas marcada para esta terça

 

Embora tenham sido notificadas, as testemunhas que dariam explicações sobre o contrato entre a empresa Urbis e a Prefeitura não compareceram às oitivas marcadas para o início da tarde desta terça-feira (14/02).

 

Estavam previstas as presenças da ex-secretária de Assuntos Extraordinários, Márcia Costa Val, e do presidente da Urbis, Mateus Roberte, que justificaram a ausência por motivo de viagem. O prefeito Robson Gomes também estava sendo esperado, mas alegou não ter interesse em falar. A pedido da defesa do prefeito, foi remarcada para o próximo dia 17 a oitiva com a ex-secretária Márcia Val.

 

Vereadores membros da CPI aguardam a presença de testemunhas

 

Apesar das ausências, o presidente da CPI Agnaldo Bicalho (PT) afirmou que os trabalhos não serão prejudicados.

 

“A conclusão do relatório final continuará agendada para o dia 2 de março”, disse ele.  

 

Entenda

 

A URBIS foi contratada pela Prefeitura de Ipatinga como instituto de consultoria, que levantaria dados a título de compensações em relação a valores que o Município teria a reaver com o INSS e o PASEP. Porém, após o pagamento de R$ 9 mi, o que se detectou foi que nenhum valor voltou aos cofres públicos, apenas saiu para pagar a empresa.

 

A própria Receita Federal já autuou a Prefeitura em R$ 13 milhões, por falta de pagamento ao INSS. Segundo a CPI, há a suspeita de que a licitação foi direcionada para a empresa Urbis. O rombo aos cofres municipais pode chegar a cerca de R$ 9 milhões, valor 40 vezes superior ao custo com a folha de pagamento dos 13 profissionais jurídicos da Prefeitura que poderiam executar o serviço.