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Abuso sexual contra crianças é tema de palestra na Câmara Mirim


Publicada em 03/04/2012 15:06

Abuso sexual contra crianças é tema de palestra na Câmara Mirim

Após a última reunião ordinária do primeiro mandato da 3ª legislatura da Câmara Mirim de Ipatinga, na segunda-feira (2), os jovens vereadores assistiram à palestra “Exploração Sexual Infantil”. O tema foi abordado pela psicopedagoga Maria Elisa Rezende Queiroz, do Departamento de Políticas de Assistência Social da Prefeitura de Ipatinga.

 

Conforme informações contidas no vídeo apresentado pela palestrante, a cada hora, sete crianças sofrem ofensas sexuais no país. Muitos casos acontecem dentro da própria família, tendo como agressor um parente da vítima.

 

“As crianças ofendidas sentem medo, culpa e vergonha de denunciar. Elas ficam tristes, caladas e se isolam. Algumas vezes quando a criança abusada relata o fato, os adultos não acreditam ou se omitem”, relata o vídeo apresentado.

 

Conforme Maria Elisa, as crianças abusadas acabam sofrendo de baixa autoestima e depressão, entrando no alcoolismo, drogadição e prostituição. O suicídio em alguns casos termina sendo a saída para colocar fim ao sofrimento.

 

“Em 60% dos casos, as ofensas não deixam vestígios físicos, mas deixam consequências psicológicas para sempre. Existem também os abusos sexuais sem contato físico, como em conversas sobre sexo, exibição de fotografias e vídeos pornográficos para as crianças. Isso é uma preparação para o abuso com o contato físico”, explicou a psicopedagoga.

 

De acordo com Maria Elisa, quando o abuso acontece dentro da própria família predomina a cultura do silêncio, muitas vezes para preservar o provedor da casa e a sua honra. “Em alguns casos, a vítima é acusada de ter seduzido o agressor. Isso gera na criança sentimentos como impotência, culpa, vergonha, insegurança, desamparo, confusão e tristeza”, detalha a especialista.

 

Já a exploração sexual, especificamente, é caracterizada pela relação sexual de uma criança ou adolescente com adultos, mediada pelo dinheiro ou pela “troca de favores”. A criança ou o adolescente é tratado como um objeto sexual e mercadoria.

 

 

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