Câmara dá posse à primeira vereadora mirim da Apae
Publicada em 04/12/2012 16:45
Pela primeira vez, APAE conta com um representante entre os jovens parlamentares
A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) tem um grande motivo para comemorar. Tomou posse, nessa segunda-feira (03/12), a estudante Nislândia Samara, a primeira representante da Associação em uma Câmara Mirim de Minas Gerais. Em outubro do ano passado, ela foi eleita por seus colegas de escola, no bairro Bela Vista, tornando-se a primeira vereadora mirim da Apae no Estado.
Nislândia prestou juramento diante de seus colegas, assinou o termo de posse, participou da reunião, pousou para as fotos (juntamente com amigos da escola) e disse estar muito satisfeita com a novidade. “Estou muito feliz, sim, e também muito animada.”
Nislândia Samara (2ª da dir. à esq.) com amigos e professora da escola
Sem perder tempo, a vereadora mirim já apontou algumas providências que pretende tomar durante seu mandato. Disse querer melhorar os ônibus de sua escola que estão em más condiçõe; afirmou que a quadra de seu colégio precisa de cobertura; apontou problemas na área da piscina, que não conta com vestiário apropriado; e falou que faltam computadores nas salas de aula. “Quero fazer a diferença na escola onde eu e meus colegas estudamos.”
Nislândia não pôde tomar posse em novembro, juntamente com os demais mirins, por estar participando de uma maratona esportiva organizada pela Apae, oportunidade que lhe rendeu três medalhas: uma de ouro, uma de prata e outra de bronze. Apaixonada por atletismo e ginástica, Nislândia é, a partir de agora, a sétima vereadora mirim desta legislatura, frente a seis cadeiras ocupadas por meninos. Essa distribuição demonstra uma divisão igualitária das 13 vagas entre homens e mulheres, o que não ocorre na legislatura adulta, que conta apenas com uma representante feminina, a vereadora Maria do Amparo (PDT).
Reunião Mirim
Após a posse de Nislândia, os vereadores mirins iniciaram os trabalhos da última reunião ordinária deste ano e apresentaram dez indicações à Prefeitura. Essas indicações geralmente sugerem melhorias nas escolas, bairros e comunidades onde vivem.
Vereadores mirins apresentam indicações na tribuna durante reunião
A vereadora Amanda Moreira indicou a reforma do parque infantil para lazer dos alunos do 1º ao 5º ano da Escola Municipal Márcio Andrade Guerra, localizada no bairro Veneza II. Já o vereador Carlos André da Silva apresentou duas indicações: uma para a instalação de quebra-molas no bairro Bethânia e outra para a necessidade de fechamento de bueiros no mesmo bairro.
Deivela de Arruda pediu a reforma e a ampliação da Unidade de Saúde do bairro Barra Alegre e a contratação de profissionais para essa unidade, enquanto Farley Valadares sugeriu a criação do projeto “Praça Digital” nas praças centrais de Ipatinga, disponibilizando acesso gratuito à internet para um número cada vez maior de moradores.
A jovem Gabrielly Ferreira solicitou o reforço da segurança nas escolas da rede municipal e também melhores condições de traballho para os profissionais da educação. Ela sugeriu também a substituição dos atuais quadros-negros por quadros brancos, além de indicar uma ampla reforma na Escola Municipal Deolinda Tavares Lamego, no bairro Bethânia.
Por fim, mais duas indicações, uma do vereador Pedro Henrique de Paula, que reivindicou melhorias no cardápio da merenda servida nas escolas públicas, e outra do mirim Aleffe Adelino Souza, que pediu uma ampla reforma nas instalações da Escola Estadual Doutor Ovídio de Andrade, no bairro Bom Retiro.
Palestra contra a Dengue
Ao fim do último encontro de 2012, os vereadores mirins assistiram a uma palestra sobre o combate à dengue, ministrada pelo servidor municipal Anderson Aquiles Silva. Com o início do período das chuvas, que acarreta acúmulo de água e, consequentemente, proliferação das larvas das quais o mosquito Aedes Aegypti se origina, Anderson alertou sobre os cuidados necessários para evitar a doença.
Anderson Aquiles explica aos estudantes presentes o perigo da dengue
“Enquanto não há uma vacina, temos que trabalhar contra o vetor”, disse ele, referindo-se ao mosquito transmissor. “Ajudar no controle, orientando os amigos e família é essencial”, completou.
Anderson sugeriu ao menos 10 minutos de cuidado por semana. Segundo ele, esse tempo é suficiente para identificar os pontos principais da residência onde possa haver acúmulo de água parada. “A larva leva em torno de sete, oito dias para finalizar seu ciclo e se transformar em um mosquito potencialmente ofensivo. Então, 10 minutos de cuidado por semana já é suficiente para eliminar essa ameaça.”
Ele alertou ainda sobre o perigo da dengue hemorrágica, que pode inclusive matar.