A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Ipatinga participou, nessa terça-feira (19), de uma audiência na sede da 12º Delegacia de Polícia com a ministra (Direitos Humanos) Maria do Rosário Nunes, com deputados (da Comissão de Direitos Humanos) da Assembléia de Minas e com membros da OAB, sobre o assassinato do jornalista Rodrigo Neto, morto no último dia 8 de março.

 

Após a apresentação do caso, devidamente contextualizada pelo deputado estadual Durval Ângelo (PT), a ministra Maria do Rosário informou que pedirá uma investigação mais criteriosa na apuração do crime e a vinda de policiais federais para ajudar nas investigações.

 

A visita da ministra foi solicitada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, Durval Ângelo, que esteve com Rodrigo Neto pessoalmente em razão de ameaças sofridas pelo repórter.

 

Para a ministra, não se trata de não confiar na polícia que já preside o caso. “Estamos solicitando a presença da Polícia Federal no caso por achar que a execução tem características que ferem a Constituição. Portanto, é um crime federal, que necessita da presença da PF para ajudar nas investigações”, disse.

 

O presidente Nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Coelho, também esteve presente no encontro e enfatizou a importância de unir esforços para que esse crime não entre para a história dos inquéritos não solucionados.

 

O delegado que preside o caso, Emerson Morais, informou que a Polícia trabalha com quatro frentes de investigação,  que o crime é complexo e as informações ainda não podem ser divulgadas.

 

Fazem parte da Comissão os vereadores Adiel Oliveira (PPS), Juarez Pires (PT) e Toninho Betânia (PC do B)

 

Entenda - Em 2012, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos criou o Grupo de Trabalho (GT) sobre Direitos Humanos dos Profissionais de Comunicação no Brasil.

 

Com 13 membros, o colegiado envolve representantes do governo e entidades de classe e tem a responsabilidade de analisar denúncias de violência contra profissionais da área, além de propor medidas preventivas.

 

O ouvidor da polícia pediu reforço para anunciar a importância do Disque-Denúncia. O sigilo é total e o número da ouvidoria é 0800 283 9191.