Câmara debate pedofilia em bairros
Publicada em 05/02/2014 17:55
Último diagnóstico no município foi feito em 2006
Apenas em janeiro, a Secretaria de Assistência Social recebeu quatro solicitações da Promotoria da Infância para encaminhar menores vítimas de abusos sexuais ao Centro de Referência Especializadaem Assistência Social(CREAS). A informação foi dada pelo secretário municipal de assistência social, Vasco Lagares, em audiência pública ocorrida nesta terça-feira (4/2), no bairro Bom Jardim.
Com o intuito de promover maior debate sobre o tema, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara vem promovendo em diversos bairros do município audiência com o tema.
“Nossa intenção é estimular o debate, buscar apoio da sociedade e promover política de amparo ao menor, principalmente na prevenção. Um momento oportuno para aprofundarmos no assunto, também recordado pela Campanha da Fraternidade 2014, cujo tema aborda o tráfico humano e conseqüentemente o abuso sexual, muitas vezes ocorrido com crianças”, disse o presidente da Comissão de Educação, Ademir Claúdio (DEM).
Já para o relator, vereador Juarez Pires (PT), a iniciativa de promover o debate em bairros é aproximar pessoas em torno de um tema, que pode e deve ser discutido como um problema de todos.
“Jesus tinha predileção por crianças. Devemos estar atento ao sofrimento dos pequeninos e promover políticas que venham a protegê-los. Esta primeira etapa incentiva o debate, a denúncia de possíveis acusados e ainda explicarmos os trabalhos que vêm sendo realizado pela Comissão”, explicou Juarez.
O próximo passo dos parlamentares é, em conjunto com a Prefeitura, promover a Semana Municipal de Combate à Exploração e Abuso Sexual. “O dia nacional é 18 de maio e pretendemos trabalhar junto com as escolas do município, inserindo o tema, trabalhando de forma didática com as crianças e seus pais”, comentaram os vereadores
A secretaria municipal de educação, Márcia Leal, afirmou que o município tem todo o interesse no tema e que não se furtará a promover políticas de combate e enfrentamento à pedofilia.
A conselheira da infância Ione Tofanelli ressaltou que não existe crime pior que aquele cometido contra a dignidade humana. “E a pedofilia se encaixa neste tipo de crime. Os pais, professores, todos nós, devemos estar atentos às negativas das crianças, suas reclamações, comportamento e nunca deixar de dialogar. Pode ser que, se aproximando, evitemos que algo tão grave como a pedofilia ocorra com uma criança”, pontuou.
Para finalizar a audiência, a senhora Meire Martins, mãe de uma vítima, hoje maior de idade, contou sua historia e pontuou alguns passos a serem dados que podem ajudar a perceber o ocorrido e até mesmo a evitar que ocorra.
“Fique atento a tudo o que diz respeito a seu filho. Ao menor sinal de mudança de comportamento, de negativas, a alguma determinada coisa, situação ou pessoa, busque investigar. “Caso você viva uma situação dessas dentro de sua casa, não tenha medo ou vergonha, denuncie. Quem não denuncia também violenta”.
Serviço:
Em caso de denúncia, disque 100, lembrando que qualquer pessoa pode ligar para o número, não precisa ser parente. Garantia de sigilo.
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