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Leishmaniose visceral em pauta na Comissão de Saúde, Trabalho e Bem Estar Social


Publicada em 26/02/2014 18:24

Leishmaniose visceral em pauta na Comissão de Saúde, Trabalho e Bem Estar Social

A possibilidade de uma epidemia de leishmaniose visceral em Ipatinga será debatida durante reunião da Comissão Permanente de Saúde, Trabalho e Bem Estar Social da Câmara Municipal nesta quinta-feira (27), às 14h. O risco foi comunicado pelo biólogo da Vigilância Epidemiológica do município, Wallacy Marins, à presidente da Comissão, vereadora Lene Teixeira (PT).


"Até então Ipatinga não havia registrado casos autóctones da doença, aqueles de origem própria. Nos últimos meses esses casos têm surgido e isso merece a devida atenção do poder público, tamanho os riscos que esta doença expõe a população", afirmou o biólogo em conversa com a parlamentar.


Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. Nos centros urbanos, a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.


Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.


Diante desta realidade, o biólogo chamou atenção da necessidade de ações do poder público para que a epidemia da doença não se concretize em Ipatinga. "Campanhas de educação nas escolas, igrejas, e centros comunitários são fundamentais para que as pessoas aprendam a combater este mosquito. O controle mais eficaz da população canina também se faz necessário. Caso contrário, teremos mortes por conta desta doença", completou Wallacy Marins, ao citar que, em 2013, 12 casos autóctones foram registrados na cidade.


Ao tomar conhecimento da situação, Lene Teixeira convidou o biólogo para apresentar a questão aos demais vereadores que integram a Comissão Permanente de Saúde, Trabalho e Bem Estar Social da Câmara de Ipatinga. "Já comunicamos aos vereadores da Comissão e todos os demais. Este assunto é de suma importância e necessita de toda atenção devida", declarou a parlamentar ao garantir que irá buscar junto ao Governo Municipal informações sobre iniciativas de combate à doença.


Recomendações para o combate ao mosquito hospedeiro


* Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;


* Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;


* Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta  do sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença.

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