Câmara realizará audiência para debater caso Rodrigo Neto
Publicada em 21/03/2014 17:57
Audiência pública pretende ouvir do Estado como andam as apurações do caso, que, para os jornalistas do Comitê Rodrigo Neto, estão paradas
Os vereadores petistas Lene Teixeira e Agnaldo Bicalho convidaram o vice- presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, deputado federal Nilmário Miranda (PT), para participar de audiência pública que será realizada para debater o assassinato do jornalista Rodrigo Neto, morto em março do ano passado no bairro Canaã, em Ipatinga.
Com a presença confirmada, Nilmário informou que a comissão que estuda casos contra a liberdade de imprensa concluiu relatório de 302 páginas sobre o assassinato do jornalista. A comissão ficará a cargo de apresentar que medidas o governo federal pretende tomar, já que o crime contra jornalista foi por causa de seu trabalho, configurando, assim, crime contra a liberdade de expressão.
A proposta dos vereadores petistas Lene Teixeira e Agnaldo Bicalho recebeu apoio de todos os parlamentares da Casa.
O pedido de audiência pública foi feito pelos jornalistas membros do Comitê Rodrigo Neto, criado para acompanhar as investigações do caso do jornalista, e do também assassinato repórter fotográfico Walgney Carvalho, morto com o mesmo “modus operandi” de Neto, em 14 de abril do ano passado.
O crime motivou a vinda de uma força tarefa da Polícia Civil de Belo Horizonte para Ipatinga, que investigou o caso e indiciou dois homens: o falso policial Alessandro Neves Augusto e o detetive Lúcio Lírio Leal como sendo, respectivamente, o assassino e o informante.
No entanto, as apurações não apontaram quem seria o mandante e nem mesmo o segundo autor que estava na motocicleta usada no dia do crime. A motivação para o assassinato também nunca foi esclarecida e a ausência de informações motivou os parlamentares a pedirem a audiência.
Para o evento, que ainda não possui data definida, serão convidados membros do Comitê Rodrigo Neto, familiares do jornalista, Ministério Público, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e membros da Polícia Civil que participaram das investigações em Ipatinga.