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Comissão de Saúde debate casos de leishmaniose em Ipatinga


Publicada em 25/03/2014 18:16

Comissão de Saúde debate casos de leishmaniose em Ipatinga

A questão da leishmaniose visceral em Ipatinga será discutida nesta quinta-feira (27/03), na Câmara Municipal, durante reunião da Comissão Permanente de Saúde Pública, Trabalho e Bem-Estar Social. Até janeiro deste ano, dois casos haviam sido diagnosticados pela rede municipal de saúde da cidade.

 

Foram convocados para a reunião os representantes do setor de Zoonoses, da Vigilância Epidemiológica e em Saúde, além da Superintendência Regional de Saúde do Vale do Aço. O objetivo é que os órgãos responsáveis repassem informações a respeito da situação da leishmaniose visceral no município de Ipatinga, como o número de casos suspeitos, casos confirmados e se há ocorrência de óbitos na cidade em virtude da doença nos anos de 2013 e 2014.

 

Com o encontro, a Comissão presidida pela vereadora Lene Teixeira (PT) busca cobrar as atuais medidas de conscientização, prevenção e combate da leishmaniose no município e ainda um plano de ação com as medidas a serem adotadas para erradicação da doença.

 

Ipatinga vive hoje um surto de leishmaniose visceral canina que tem atacado diversos animais e representa um grande risco para os humanos. Os primeiros registros da doença na cidade foram verificados em 2011, quando dois casos foram notificados. No ano passado, o município efetuou 12 registros da doença e, em 2012, foram quatro notificações.

 

A doença não contagiosa é causada por um parasita – o protozoário Leishmania chagasi – e pode afetar o fígado, baço e medula óssea. Para se evitar a doença, adotam-se três medidas de controle baseadas no Ministério da Saúde: o controle da população do mosquito-palha com a aplicação de de inseticida e realização de manejo ambiental; eutanásia de cães infectados e diagnóstico precoce dos casos humanos.

 

A doença não é transmitida de um cão infectado para um cão sadio. A transmissão só ocorre quando o animal é picado pelo mosquito infectado e uma vez doente, o cão não oferece risco para outros animais e nem mesmo para ser humano. Desta forma, o homem só pode ser infectado se também for picado por um flebótomo contaminado. Os gatos não são acometidos por esta patologia.

 

Nos humanos, os sintomas são: descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito, diarreia, lesões oculares e sangramentos. Nas formas mais graves, a Leishmaniose pode acarretar anemia e outras doenças imunes.

 

Em animais, a enfermidade se caracteriza pela perda de peso, falta de apetite, apatia, debilidade, feridas de pele que não cicatrizam, feridas nos bordas das orelhas, lesões oculares e falta de pelo à volta dos olhos.

 

 

São aguardados para o encontro desta quinta-feira o superintendente Regional de Saúde, Anchieta Poggiali, representando o Governo do Estado. Em nome da Prefeitura, foram convocadas a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Thelma de Castro Mendes, e as gerentes do setor de Zoonoses, Márcia Andrea Gouveia, e da Vigilância Epidemiológica, Natália Littig.

 

A reunião da Comissão de Saúde será realizada às 14h, na sala anexa ao Plenário da Câmara Municipal, e é aberta ao público.

 

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