Duas testemunhas vivas do período da ditadura militar estarão nesta sexta-feira (28/03) no plenário da Câmara Municipal de Vereadores para contarem detalhes de um dos períodos mais emblemáticos da história brasileira. Rita Sipahi e Dilene Marques vão participar da audiência pública Mulheres e Resistência, requerida pela vereadora Lene Teixeira (PT).

 

O encontro irá debater a presença e atuação das mulheres durante os 21 anos em que a ditadura perdurou no país e faz parte das programações pelos 50 anos do golpe militar de 64, ocorrido em 31 de março daquele ano. A audiência pública será realizada em parceira com o Fórum Memória e Verdade e tem o apoio do vereador Juarez Pires (PT) e da Central Única dos trabalhadores (CUT) regional.

 

Para Lene Teixeira, autora do requerimento que autorizou a realização da audiência, além de ser mais uma homenagem ao mês da mulher, o evento vai abordar o tema de uma série de atividades que serão realizadas ao longo dos meses de março e abril em todo o Brasil para discutir os anos de terror da ditadura no país.

 

CONVIDADAS

 

A audiência pública Mulheres e Resistência contará com as presenças da economista e professora mineira Dirlene Marques e da advogada paulista Rita Sipahi. Elas irão debater o assunto em uma mesa, que contará com a presença da vereadora Lene Teixeira.

 

Maria Dirlene Marques Trindade é professora do curso de economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi militante durante os anos da ditadura. Rita Sipahi também teve atuação relevante para o período. Presa durante o regime militar, a advogada dividiu a mesma cela que a presidente Dilma Rousseff (PT) e foi uma das 11 ex-presas políticas convidadas pela presidente para participar da cerimônia de sua posse, em janeiro de 2011.

Os trabalhos da audiência pública serão iniciados a partir das 19h na sede do Legislativo ipatinguense. O evento é aberto ao público, que poderá, inclusive, contribuir nos debates.