Comissão de saúde e bem estar social debate atendimento às vítimas de pedofilia
Publicada em 25/09/2014 18:16
O Centro de Referência Especializadaem Assistência Social(Creas) atende atualmente 95 casos de violência contra a criança e adolescente. Destes, 50% se tratam de violência sexual. A informação é da coordenadora do Creas, Ana Carolina Assis Fernandes, presente na reunião da Comissão Permanente de Saúde e Bem Estar Social, que ocorre toda quinta-feira, às 14h, no plenário da Câmara Municipal de Ipatinga.
O vereador Ademir Claúdio (DEM), que é membro efetivo da Comissão de Saúde e vem promovendo audiências públicas para debater o tema em Ipatinga, tem sido procurado por parentes de vítimas que, muitas vezes, não sabe aonde recorrer e, também, o tem procurado para reclamar do atendimento recebido em locais que deveria acolher este tipo de denúncia.
“Os números são altos e precisamos unir forças para promover políticas públicas de inclusão da criança vitimada no município, compreender como está sendo feito este recebimento, quem está fazendo e de que forma, porque temos que garantir o acesso adequado a estas famílias e, sobretudo, aos vitimados”, disse Ademir Claúdio.
Na ocasião, foram convidados para explicar qual o papel de cada órgão, qual o tempo de espera das vítimas até o caso começar a ser apurado e se há integralização para debater o assunto entre as instituições que recebem as denúncias e a polícia civil as seguintes instituições: representantes do Creas, do Conselho Tutelar, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança (CMDCA) e do Fórum dos Conselhos do Leste de Minas, ficando ausente, mas com convite recebido, a delegacia dos direitos da mulher, que é a instituição da Polícia Civil que recebe este tipo de denúncia.
Foi explicado aos vereadores que cada caso é um caso e que há complexidade no atendimento, sendo que, quando há recebimento de denúncias do acolhimento da vítima, até o final do processo, a variação de tempo de resolução do caso é estimada de2 a3 meses.
Já o Creas tem 95 casos atualmente, mas está preparado para atender 80, sendo 15 de demanda reprimida, ou seja, há espera para atendimento dentro da programação.
Foi explicado, no entanto, que ninguém está ficando sem atendimento e que têm sido feitas muitas reuniões entre os coordenadores dos conselhos para que o assunto seja universalizado, com objetivo de atender a vítima e facilitar este atendimento.
Ione Toffaneli, membro do Fórum dos Conselhos, indagou se há iniciativa por parte destes conselhos de prever, no orçamento 2015, políticas públicas de combate e enfrentamento à pedofilia.
Assunto que foi reforçado pela vereadora Lene Teixeira (PT). “Vamos prestar atenção, na apreciação e votação do orçamento de 2015, se há reserva de valor que possa ser usado em prol das vítimas”, enfatizou Lene.
Adelson Fernandes, que também é membro efetivo da Comissão de Saúde, enfatizou a importância do trabalho dos conselheiros junto às escolas.
A Delegacia da Mulher, que não esteve presente, voltará a ser convidada para esclarecer como está sendo feito o acolhimento na delegacia, haja vista que os vereadores receberam reclamação de familiares de uma vítima.