PMI presta contas da saúde em audiência pública; casos de leishmaniose preocupam
Publicada em 30/09/2014 14:33
Em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (30), no plenário da Câmara de Ipatinga, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde apresentou o Relatório de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) referente ao 2º quadrimestre de 2014. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Lene Teixeira (PT), presidente da Comissão Permanente de Saúde Pública, Trabalho e Bem-Estar Social do Legislativo. Também fizeram parte da mesa o vereador Adelson Fernandes, vice-presidente da comissão, o secretário municipal de Saúde, Eduardo Caldeira Pena, e a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Gisele Coutinho Brandão.
Entre maio e agosto deste ano, a receita arrecadada pelo Sistema Único de Saúde em Ipatinga foi de R$ 78,7 milhões. Desse montante, R$ 41,6 milhões (53%) foram repassados pela União, R$ 6,9 milhões (9%) pelo Estado e R$ 30,2 milhões (38%) são de recursos próprios do Município.
Do total repassado pelo Estado, R$ 6 milhões foram destinados ao Hospital Márcio Cunha, para onde são encaminhados diversos pacientes atendidos na rede municipal.
A Prefeitura Municipal de Ipatinga arrecadou no 2º quadrimestre de 2014 aproximadamente R$ 110,4 milhões em impostos e desse total foram destinados 27,42% à saúde. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, o mínimo que o município é obrigado a investir na saúde é 15% da sua arrecadação.
Entre maio e agosto, a rede municipal de saúde realizou 77,4 mil consultas médicas, cerca de 18 mil a mais que no mesmo período do ano passado. Os exames citopatológicos foram 5,9 mil e as mamografias, 3,6 mil. Os dois tipos de exames superaram consideravelmente as metas traçadas para o quadrimestre.
Leishmaniose
Um dado que tem preocupado as autoridades no município é o aumento do número de casos de leishmaniose visceral. Popularmente conhecida como Calazar, a doença acomete pessoas e alguns animais.
Em 2013, foram registrados 12 casos de leishmainiose visceral humana em Ipatinga, com um óbito. Este ano, segundo os dados apresentados na audiência pública, duas pessoas já morreram em decorrência da doença e 29 casos foram identificados.
Para tentar conter a propagação da doença, transmida pelo ‘mosquito palha’, o setor de Vigilância em Saúde da prefeitura intensificou a aplicação de testes rápidos (4,2 mil) e sorológicos (644) em cães, que são potenciais hospedeiros do parasita. Entre janeiro e agosto deste ano, 833 animais foram eutanasiados após terem resultados positivos nos testes.
Outra iniciativa foi o estabelecimento de parcerias científicas com instituições como a Fundação Oswaldo Cruz e o Unileste-MG. Também estão sendo realizadas palestras educativas e distribuído material informativo sobre medidas de prevenção.
Além do público presente ao plenário da Câmara, acompanharam a audiência pública os vereadores Nilson Lucas – Nilsinho (PMDB), Sebastião Guedes (PT) e José Geraldo Amigão (PV). O superintendente do Hospital Márcio Cunha, o médico Mauro Oscar Soares de Souza Lima, também assistiu à apresentação.