Obras foram autorizadas pelo Governo do Estado e tiveram valores depositados nos cofres públicos municipais, mas poderão ser devolvidos

 

O vereador Ley do Trânsito (PSD) alertou na tarde desta segunda-feira (23) que termina no início de março o prazo para a construção de seis unidades básicas de saúde. Os valores, segundo o vereador, já foram depositados pelo Governo do Estado e estão com prazo de execução se esgotando.  O processo ainda não foi iniciado e nem licitado.

“Por ineficiência do município, a obra sequer foi iniciada em 10 meses. Foram depositados R$ 6,1 milhões, que se encontram nos cofres públicos do município à disposição do governo. Este valor iria beneficiar os moradores dos bairros Esperança, Nova Esperança, Bom Jardim, Vila Formosa, Veneza II e Tiradentes, que agora terão que se conformar em não ter assistência médica com mais qualidade em seus bairros”, informou Ley.

O parlamentar ainda esclareceu que um processo licitatório foi aberto, para execução das obras, mas chegou a ser suspenso pelo secretário de saúde do município um dia antes da abertura do certame. “No mínimo estranho que o município abra licitação e suspenda um dia antes das empresas licitantes apresentarem suas propostas. Perde o município, perde o eleitor, que contam com uma saúde pública que se encontra na UTI”.

Ley relembrou que apresentou emendas ao orçamento de 2015, quando se encontrava em fase de aprovação e que beneficiariam a saúde do município. “Falta de banheiro público nas feiras livres, falta de bebedouro para usuários e servidores em unidades de saúde, dentre outras coisas que iam melhorar a vida do cidadão. A prefeitura não faz nem mesmo as coisas pequenas, a saúde está um caos e ainda haverá a devolução de dinheiro já depositado por falta de competência”, afirmou.

Ley ainda relembrou que um convênio de reforma e ampliação da Policlínica, de cerca de R$ 2 milhões, também se encontra aguardando a ordem de serviço. “O contrato de ampliação e de reforma já foi assinado e aguarda ordem de serviço. Ora, sem a ordem de serviço, a obra não pode iniciar, o que acaba prejudicando mais uma vez aquele que precisa da saúde pública em Ipatinga”, disse Ley.

O vereador Roberto Carlos (PT do B) ressaltou o abandono da recém-construída unidade de saúde do bairro Caravelas. “Está lá construída, sem funcionamento, sem sequer um vigia, aguardando depredação, a exemplo do que ocorreu com o restaurante popular. Constrói, abandona e deixa acabar para reformar e gastar mais dinheiro que seria investido na qualidade de vida das pessoas”, disse Roberto Carlos