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Câmara promove seminário sobre Mobilidade Urbana em Ipatinga


Publicada em 01/10/2019 13:46

Câmara promove seminário sobre Mobilidade Urbana em Ipatinga

Evento contará com um dos maiores especialistas do tema no Brasil

 

 

Apesar se ser uma exigência para todos os municípios do país com mais de 20 mil habitantes, o Plano de Mobilidade Urbana ainda não é uma realidade para a grande maioria das cidades brasileiras. Segundo dados do Instituto Ruaviva, apenas 33% dos municípios efetivaram seus PMU’s. E, para preocupação dos moradores do Vale do Aço Ipatinga e Timóteo, estão entre os 67% que ainda não atenderam a determinação do governo federal. Apenas Coronel Fabriciano já regulamentou o plano.

Os municípios não podem reclamar da falta de tempo para elaboração. O prazo de entrega, que iria se encerrar em 2015, foi prorrogado para abril deste ano. A partir de agora, quem não tiver o plano de mobilidade fica impedido de contratar recursos federais para investir na área. Situação que despertou a preocupação da Câmara Municipal de Ipatinga.

 A convite da Escola do Legislativo, na próxima quarta-feira (2 de outubro), a partir das 13h30, o engenheiro Ricardo Mendanha, diretor do Instituto da Mobilidade Sustentável Ruaviva, participará de um seminário para discutir a mobilidade urbana na região. Ricardo que já foi presidente da BHTrans é um dos maiores especialistas do tema no Brasil. O seminário será realizado no plenário da Câmara Municipal de Ipatinga. O evento é de graça e aberto ao público. (Se inscreva aqui https://bit.ly/2ohAhco)

 “Os prejuízos com a não entrega do plano vão muito além da impossibilidade de captação de recursos. O plano é uma oportunidade para pensarmos a mobilidade de forma global e sustentável. A partir de sua elaboração, é possível  ter uma visão a longo prazo para as cidades”, explica Ricardo Mendanha.


O engenheiro Ricardo Medanha, convidado da Câmara para falar sobre mobilidade urbana  

           

Transporte Coletivo

 

Um dos pontos abordados pelo Plano de Mobilidade Urbana é o transporte público de passageiros. E foi justamente as deficiências observadas no transporte coletivo de Ipatinga que deram origem ao seminário desta quarta-feira. É o que explica o presidente da Câmara Municipal de Ipatinga, Jadson Moreira:

“Fiscalizamos o transporte coletivo municipal desde 2017. Desde então, fui percebendo que é impossível garantir um transporte de qualidade se não pensarmos de uma forma mais ampla. Ficou clara a necessidade imediata de criação da integração do transporte na cidade. Por isso, estamos provocando esta discussão. Precisamos pensar grande. Somente com novas e boas ideias, vamos conseguir resolver os nossos problemas de mobilidade, enfatiza Jadson Heleno.

Um outro ponto que será debatido durante o seminário é a possibilidade de integração do transporte entre as cidades que compões a região metropolitana do Vale do Aço. Segundo Jadson, as empresas concessionárias da região já estão em processo de diálogo para tentar garantir uma tarifa única para as cidades. Iniciativa que já teria a aprovação do governo estadual.

 “Segundo o diretor executivo da Saritur, Rubens Lessa, o governador Romeu Zema já teria liberado este trabalho integrado. Agora as empresas precisam chegar em um acordo. Caso isso ocorra, linhas municipais podem ser substituídas por linhas intermunicipais que já fazem o mesmo trajeto, possibilitando maior eficiência e diminuição de custos, o que iria refletir na redução do preço da passagem”, finalizou o presidente da Câmara de Ipatinga.

 

O que é o PMU?
 

O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumento de efetivação da Política

Nacional de Mobilidade Urbana e deve contemplar, entre outros aspectos: os serviços de transporte público coletivo; a circulação viária; as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana; a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade; a integração dos modos de transporte público com os privados e os não motorizados; a operação do transporte de carga na infraestrutura viária; e os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte público coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana. A elaboração deve ocorrer de forma integrada com os planos diretores, e a revisão deve ocorrer a cada dez anos. 

 

Foto destaque www.euamoipatinga.com.br

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