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Audiência Pública da diversidade e representatividade


Publicada em 03/09/2021 17:22

Audiência Pública da diversidade e representatividade

Atividade do “Pré-Grito dos Excluídos” reuniu lideranças religiosas, populares e sociais em debate sobre resistência e valorização da vida

 

“Realizamos audiência pública da diversidade e da representatividade, que deu voz a homens e mulheres de luta e, neste ano, em especial, clamam por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda. Este é o ‘Grito’ que vamos levar para as ruas no dia 7 de setembro”.

Com essas palavras, a vereadora Cida Lima (PT) definiu o debate realizado na Câmara de Ipatinga, nesta quinta-feira (02/09). A atividade integrou a programação do Grito dos Excluídos e das Excluídas, que chega à sua 27ª edição na próxima terça.

O Bispo da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Vicente Ferreira, foi um dos integrantes da mesa debatedora e destacou o cenário de pandemia que está impactando o mundo todo, sobretudo, a população mais pobre. Ele reforçou o compromisso da Igreja com as questões sociais, como fome, miséria, desemprego e a matança do povo negro e povos indígenas.

“O Grito deste ano vem reforçar o compromisso de uma Igreja que está nas periferias, de escutar o grito dos pobres, o grito da terra. Devemos colocar nesse ‘Grito’ não só nossa revolta, mas nosso compromisso e alternativas para salvar vidas, como nos pede o Evangelho.”

Além da participação ativa da população pelas redes sociais, essa foi a primeira audiência realizada com a presença de público, desde o início da pandemia. A sessão também contou com representantes de segmentos populares e sociais, como Camila Brito, integrante do Fórum em Defesa da Vida e ativista do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do sindicalista Aurélio Moreira, da militante das causas populares, Duda das Cadeiras e da representante das pastorais sociais, Marleny Bonifácio.

“Muito me alegra ver acontecer uma audiência pública em preparação ao Grito dos Excluídos, mas me entristece que tenhamos que fazê-lo para garantir liberdade, justiça, fraternidade e respeito às pessoas”, pontuou Marleny. Ela também destaca que, embora todo o cenário nacional esteja convergindo para o distanciamento e para o individualismo, esse é o momento de renovarmos as forças e de termos esperança. “O Grito deste ano nos convida para irmos às ruas com alegria e garra para devolvermos às pessoas a esperança de viver e que dias melhores são possíveis. Precisamos agir e rápido na defesa da vida e no resgate da dignidade humana”, destaca.

Programação

Ainda pela programação do Grito dos Excluídos, no sábado (04/09), haverá uma panfletagem e diálogo com as comunidades dos bairros Bom Jardim e Bethânia. E, no dia 7 de setembro, a programação será em Itabira, onde ocorrerá a culminância do 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas. “Para quem não puder ir à atividade presencial, está sendo articulado panelaço nas janelas, portas e sacadas das casas, em sintonia com o Brasil inteiro, ao meio dia”, convida Cida Lima.

O “Grito” é um processo de manifestações populares que tradicionalmente acontece ao longo da semana da pátria, culminando no Dia da Independência do Brasil (7 de setembro). Com o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Na Luta por Participação Popular, Saúde, Comida, Moradia, Trabalho e Renda já!”, a atividade acontece anualmente e é organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio das pastorais sociais, em conjunto com os movimentos populares e sindicais.

Assista à audiência: 

 

Imagem em detaque: Mesa de honra formada pela vereadora Cida Lima e por representantes de movimentos sociais. 

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