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Proposição - Projeto de Lei 127/2025 Entrada na câmara em 22/05/2025


Institui a Política Municipal de Transparência na Cobrança do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) no Município de Ipatinga, e dá outras providências.


Autor(es): Hermínio Bernardo da Silva
Comissões
Comissão Data Parecer Parecer (*) Dt. Limite Parecer
Comissão de Legislação, Justiça e Redação 29/05/2025 29/05/2025
Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas 29/05/2025 29/05/2025
(*)Parecer --> (C=Constitucional, I=Insconstitucional, M=Mantido, R=Rejeitado)
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ProjetodeLei127_2025.pdf 582 KB

A Câmara Municipal de Ipatinga aprova:

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica instituída a Política Municipal de Transparência na Cobrança do IPTU, com os seguintes objetivos:

I – Estimular a relação de confiança, respeito e cooperação entre o contribuinte e a administração tributária;
II – Garantir o direito à informação tributária clara, acessível e detalhada;
III – Democratizar o acesso às informações sobre arrecadação, inadimplência e aplicação dos recursos oriundos do IPTU;
IV – Assegurar mecanismos de fiscalização e controle social sobre a política tributária municipal;
V – Fortalecer o exercício do direito de revisão, contestação ou impugnação do lançamento do imposto.

CAPÍTULO II – DA PUBLICIDADE DAS INFORMAÇÕES

Art. 2º A Secretaria Municipal de Fazenda ou órgão equivalente deverá disponibilizar, por meio físico e eletrônico, as seguintes informações relativas ao IPTU:

I – Valor venal do imóvel utilizado na base de cálculo;
II – Alíquota aplicada e eventuais adicionais legais;
III – Descontos, isenções ou penalidades aplicadas;
IV – Indicação da zona fiscal e critério de sua definição;
V – Histórico comparativo com os últimos 5 anos do valor cobrado para o mesmo imóvel;
VI – Percentual de inadimplência do tributo no município;
VII – Destinação aproximada dos recursos arrecadados com o imposto.

§1º As informações serão divulgadas em linguagem simples, com recursos visuais que favoreçam a compreensão do cidadão.
§2º A guia de arrecadação do IPTU deverá conter endereço eletrônico para acesso direto a esses dados.

CAPÍTULO III – DO DIREITO À CONTESTAÇÃO

Art. 3º O contribuinte poderá requerer, sem qualquer custo, a revisão administrativa do valor lançado do IPTU, mediante protocolo presencial ou eletrônico.

§1º O pedido de revisão será acompanhado de instruções claras sobre:

I – Prazos para solicitação e resposta;
II – Documentos necessários;
III – Hipóteses em que caberá perícia técnica ou vistoria in loco.

§2º A Administração Municipal deverá responder à solicitação de revisão em até 30 (trinta) dias úteis, prorrogáveis uma única vez, mediante justificativa fundamentada.

CAPÍTULO IV – DA TRANSPARÊNCIA ATIVA

Art. 4º As informações previstas nesta lei deverão ser disponibilizadas em seção específica do portal da transparência da Prefeitura, atualizadas anualmente, com livre acesso a qualquer cidadão.

CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 5º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicação.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com aplicação obrigatória já para o exercício fiscal seguinte.

Justificativa:

A presente proposta busca instituir uma política clara e eficaz de transparência tributária, promovendo o acesso à informação como instrumento de cidadania. O IPTU é um dos tributos mais relevantes no orçamento municipal, e sua compreensão pela população é essencial para garantir justiça fiscal, combater a inadimplência e promover o controle social. A Lei reforça o compromisso com a boa governança e aproxima a gestão pública da realidade do cidadão.
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