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Lei determina a substituição de sirenes e alarmes nas escolas por sinaleiros musicais


Publicada em 25/05/2022 17:38

Lei determina a substituição de sirenes e alarmes nas escolas por sinaleiros musicais

Medida visa proteger autistas que desencadeiam crises de pânico em virtude do barulho

 

Alunos com transtorno do espectro autista (TEA) possuem hipersensibilidade sensorial e sofrem com sobrecarga dos sentidos, podendo causar fobia, pânico e agressividade.

“Devido a isso, é importante adequar as sirenes e alarmes sinalizadores de início e de término das aulas nas escolas públicas e particulares do município. Devem, portanto, ser substituídas de forma gradativa por sinaleiros musicais, de acordo com a necessidade de reposição do equipamento”, explicou o autor da matéria, vereador Daniel do Bem (PSD).

Ele ainda citou que essas sirenes musicais já existem em algumas escolas de Ipatinga e evitam que alunos com TEA desencadeiem crises por conta do barulho.

Segundo justificativa da lei (PL nº 114/22), os meios de comunicação têm divulgado que muitas pessoas com autismo sofrem com os impactos de altos ruídos na vida cotidiana.

Uma recente alteração na Escola Estadual Almirante Toyoda, no Cariru, que, segundo o diretor, é a escola do município que tem maior número de pessoas com deficiência matriculados, sendo 44 em sua totalidade, favoreceu muitos autistas.

“Presenciamos crises de alguns autistas devido a nossa sirene, que era alta e muito prolongada. O disposto sonoro da escola era programado automaticamente, e isso levou alguns de nossos alunos a ter pânico. Desprogramamos e passamos a operá-la de modo manual, de forma que hoje o som é curto em horários como o recreio. Diminuímos o som e fizemos um trabalho de conscientização com nossos alunos, o que veio a sanar o problema”, disse o diretor Luciano Carlos Fernandes.

Ele contou que a Escola ainda irá adquirir a sirene musical. “O paliativo resolveu, mas  vamos adquirir a sirene musical porque isso favorece o autista e a comunidade escolar como um todo”, disse Luciano Carlos.

Carolina Borges, mãe do Lucas, de 11 anos, comemorou a notícia. Segundo ela, o filho tem hipersensibilidade auditiva grave e ele usa abafador de ruídos na escola para evitar que o barulho da sirene o leve à desregulação emocional, e ele, com isso, fique agressivo.

“Essa lei ajudará o Lucas e muitos outros autistas que têm essa hipersensibilidade, porque a escola não pode ser um local que traga transtorno para os atípicos. Nossa luta é que ela seja sempre inclusiva, e essa medida é excelente”, disse.  

Assista à reunião: 

 

 

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