Comissão de Saúde Pública acompanhou dados municipais referentes ao 1º quadrimestre de 2022

A Câmara Municipal de Ipatinga realizou nesta segunda-feira audiência pública de prestação de contas da Saúde referente ao 1º quadrimestre de 2022. 

Realizada no plenário da instituição, a audiência ocorre três vezes ao ano e tem por objetivo dar visibilidade às ações da pasta, seguindo determinação legal que dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados pela União, Estado e Município nesse serviço público. 

A abertura do encontro foi feita pelos vereadores Daniel do Bem (PSD) e Avelino da Cruz (PP), presidente e vice-presidente, respectivamente, da Comissão Permanente de Saúde Pública da Câmara de Ipatinga. 

“É uma oportunidade de nós todos, vereadores e população, conhecermos os números apresentados no atendimento da população pela Secretaria Municipal de Saúde”, disse o vereador Daniel. 

“Essa prestação de contas vem com o objetivo de identificar onde nós enquanto representante do Povo na Câmara podemos ajudar. Quem acompanha de fora ou aqui na plenária também tem a chance de poder se manifestar”, afirmou o parlamentar Avelino. 

Conforme apresentado pelos técnicos da Prefeitura, a receita voltada para Saúde no 1º quadrimestre de 2022 foi de pouco mais de R$ 148 milhões. Desse montante, a maior fatia vem da União, com R$ 70 milhões (47,16%), seguido do Município, com R$ 61 milhões (41,34%). O restante é proveniente do Estado de Minas Gerais, com repasse de R$ 17 milhões (11,5%). 

Nas atividades da saúde da criança, houve um aumento significativo no atendimento a esse público. Foram 1957 atendimentos na subespecialidade de puericultura, mais que o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. O incremento foi ainda maior no programa pediátrico Respirar (1787), três vezes mais. “Subiu porque a gente saiu da situação de isolamento social”, explicou o médico Magid Mendes Lauar.

Também houve um expressivo aumento no programa Consultório na Rua, com 1431 atendimentos no total. 

A assistência odontológica também subiu. Foram ao todo 17.340 contra 5.827. 

O Programa Fila Zero diminuiu a fila de espera, que caiu de 49 mil em outubro de 2021 para 3,8 mil neste ano.  

Por sua vez, o gasto com medicamentos teve uma queda considerável, sendo de pouco mais de R$ 4 milhões, contra R$ 8 milhões do mesmo período do ano passado. “É um paciente que custou muito caro em 2021 por causa da assistência de UTI, com a pandemia. Com o arrefecimento da Covid, esse gasto caiu”, disse Magid. 

Algumas carências foram apontadas, como baixo atendimento na neuropediatria, falta de teste-rápido para DST, morosidade no agendamento pediátrico de alto-risco e nas cirurgias eletivas. 

Sobre a Covid-19, os casos despencaram em abril deste ano, com 75 confirmações, o número mais baixo desde abril de 2020. 

“Isso a gente deve à vacinação no município, que avançou muito. Sobre a ocupação de leitos, o Estado de Minas reclassificou a covid de pandemia para endemia, o que extinguiu os leitos de UTI exclusivamente para Covid”, disse o médico.  

Assista à audiência: 

_{Imagem: Vereadores Avelino da Cruz, Daniel do Bem e Dr. Magid, representando a Prefeitura}